+

Grupo visita minas de ouro abandonadas em Guabiruba

Associação Puma Buschcraft Aventura pretende desenvolver o ecoturismo na região, primeira aventura foi o reconhecimento das minas de ouro abandonadas

Grupo visita minas de ouro abandonadas em Guabiruba

Associação Puma Buschcraft Aventura pretende desenvolver o ecoturismo na região, primeira aventura foi o reconhecimento das minas de ouro abandonadas

Com a intenção de explorar o ecoturismo em Guabiruba é que os amigos Wagner Butsch e Luiz Eduardo Rezini se preparam para formalizar a Puma Buschcraft e Aventura, uma associação para reunir os apreciadores de trilhas da região.

O objetivo da associação, que deve ser regularizada neste mês, é promover trilhas pelas belezas naturais de Guabiruba, já que grande parte é desconhecida da população.
“Começamos há dois anos praticando o Buschcraft, que é a arte de viver junto à natureza, e percebemos que a nossa região tem um grande potencial, principalmente nas áreas que ficam dentro do Parque Nacional da Serra do Itajaí”, diz Butsch.

De acordo com ele, é possível explorar o ecoturismo em Guabiruba, principalmente na área que pertence ao parque. “Queremos liberar a prática de ecoturismo dentro do parque, ao mesmo tempo explorar as riquezas naturais e incentivar a preservação do meio ambiente”, afirma.

A primeira mostra do trabalho que será realizado pela associação aconteceu no sábado, 28, com a trilha para o reconhecimento das minas de ouro abandonadas no Lageado Alto. Treze aventureiros partiram juntos na manhã de sábado para explorar o local praticamente intocado.

“Sabíamos dos boatos das minas, então há uns dois anos fizemos a trilha de jipe e paramos lá. Levantamos a parte histórica, o que as pessoas conheciam sobre o local, e agora decidimos voltar lá novamente. Essa foi a primeira das inúmeras trilhas que pretendemos fazer”, diz Butsch.

As minas ficam dentro da mata fechada. Para chegar lá são cerca de 2,5 km de caminhada por uma estrada aberta, porém cheia de subidas e descidas. “A trilha é fácil, mas exige o mínimo de preparação física”, destaca.

De olho nas minas
A trilha contou com a presença do publicitário e membro da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), Gustavo Monteiro, que há 26 anos, dedica parte de seu tempo no estudo de cavernas e minas. “Sempre tive contato com a natureza, então fui me interessando pelo assunto, me associei na SBE, e hoje saio à procura de minas e cavernas pela região”, conta.

De acordo com ele, as duas minas do Lageado Alto tiveram pouco tempo de uso, e não há registros de sedimentos da exploração de minerais no local. “As minas têm perfurações para dinamite lá dentro, mas se vê que não fizeram as explosões. Foi muito curto o período de exploração aqui até porque o acesso é bem difícil para o escoamento e também não dá para perceber nos arredores sedimentos da própria mina, ou até de ouro, prata, o que quer que fosse explorado daqui”, analisa.

Monteiro também ressalta que os desmoronamentos visíveis presentes dentro das minas, as tornam perigosas. “Todo o segmento dessas minas têm essas situações de desmoronamento que são visíveis e podem se tornar muito perigosas dependendo do tipo de movimento que se faz dentro dela. Por isso, todo cuidado é pouco”.

Ele também destaca que é preciso atenção no acesso às minas. “É recomendável sempre vir em grupo, usar capacetes e lanternas para acessar as minas, além de roupa adequada”, orienta.

Como chegar?

As minas abandonadas ficam dentro do Parque Nacional da Serra do Itajaí. Para pegar a trilha basta chegar até a igreja do Lageado Alto, e pegar à esquerda até chegar à estrada da Mineração e seguir a diante.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo