Grupos chineses e japoneses estão interessados em imóveis da Buettner
Primeiro leilão dos 65 imóveis da massa falida da empresa não teve propostas
Primeiro leilão dos 65 imóveis da massa falida da empresa não teve propostas
Um grande grupo chinês e um japonês estão interessados em adquirir os 65 imóveis da massa falida da Buettner. A informação é da leiloeira Elizabete Ubialli. O primeiro leilão dos imóveis da fábrica aconteceu no início da tarde desta terça-feira, 26, no Fórum de Brusque. No certame, nenhuma proposta formal foi feita pelos bens.
Elizabete considerou o resultado normal. “Como era esperado. O valor era de 100%”, explica. Neste primeiro leilão as ofertas tinham que ser iguais ou maiores que a avaliação dos imóveis, de R$ 141 milhões. A segunda praça está marcada para o dia 10 de dezembro, também no Fórum de Brusque, com valor de 75%: R$ 105,8 milhões.
“A possibilidade de venda é maior. Fomos procurados por grupos chinês e japonês. Eles têm interesse em comprar um parque fabril já pronto no Brasil”, diz a leiloeira. Os possíveis investidores, segundo ela, planejam começar a operar no primeiro trimestre do próximo ano, quando acreditam que a economia brasileira terá forte alavancada.
De acordo com Elizabete, outros grupos também demonstraram interesse, mas em adquirir lotes específicos e não todos os imóveis.
Representantes do sindicato dos trabalhadores e do administrador judicial do processo de falência da empresa acompanharam o leilão.
Dos 65 imóveis em leilão, a maior parte, 38 deles, fica em Brusque, no bairro Bateas, onde ficava a sede da centenária indústria. Outros dez imóveis ficam em Botuverá, no bairro Águas Negras. Há, ainda, mais 18 imóveis no Holstein, em Guabiruba. Para fechar, serão leiloados outros dois terrenos na cidade Canelinha.
A Buettner entrou em recuperação judicial em maio de 2011 e teve a falência decretada em abril de 2016. Na época, a dívida da empresa era avaliada em R$ 104 milhões.
O processo tramita na Justiça desde então. O valor arrecadado com os leilões dos imóveis será depositado em uma conta judicial.
O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque (Sintrafite) representa os ex-funcionários, que receberão após ordem da juíza para que o valor na conta judicial possa ser transferido aos credores.