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Grupos e pastorais da Comunidade Cristo Rei realizam várias atividades voluntárias

União de esforços de moradores do São Luiz garante auxílio a quem precisa

A atuação de grupos vinculados à Comunidade Cristo Rei, no São Luiz, tem amenizado as dificuldades enfrentadas por famílias do bairro por meio do trabalho voluntário. Mulheres de diferentes idades dedicam parte do seu tempo para arrecadar roupas ou alimentos, além de trabalhos manuais, como a confecção de capas para travesseiros e mantas.

Entre as voluntárias, há pessoas que conhecem bem a importância do trabalho do grupo tanto por colaborar, quanto por receber apoio. Selma Gusmão, 32 anos, mora no município desde 2009 e passou a participar das ações por influência da irmã.

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O que era para ser uma visita se tornou uma rotina que só foi interrompida quando ela começou a trabalhar em horário que não permitia acompanhar as atividades. Após dois anos afastada das atividades semanais, ela se diz feliz por ver o crescimento do grupo de voluntários atuantes. A própria família de Selma já precisou da colaboração comunitária para permitir uma melhora na qualidade de vida dos quatro filhos.

No início do ano, quando a casa de Selma ainda estava em construção, faltavam os vidros para as janelas. As crianças também careciam de camas e colchões. A mobilização para venda de uma rifa para um trilho de crochê feito por ela viabilizou dois beliches e dois colchões. Ela ainda ganhou um terceiro colchão para complementar o quarto.

Em processo de recuperação de uma cirurgia no pé, ela se diz grata pelo trabalho da comunidade e espera conseguir colaborar com a melhora da qualidade de vida de outras pessoas do bairro. Mesmo quando ainda precisava de muletas para se locomover, ela aproveitava o tempo em casa para ajudar com trabalhos manuais. “É amor ao próximo. Depois que fui ajudada, quero ajudar mais ainda e retribuir tudo o que ganhei. Existe muita gente de coração bom.”

Marcelo Gouvêa

União de esforços
Na avaliação da coordenadora do Conselho da de Pastoral da Comunidade Cristo Rei, Maristela Imhof, 58, a união de esforços entre os diferentes grupos locais permite ampliar o número de pessoas atendidas no bairro. O modelo, destaca, segue uma orientação do papa Francisco.

Famílias em vulnerabilidade social, gestantes, pessoas em tratamento médico, migrantes e imigrantes são os destinos mais recorrentes das atividades. O grupo também se mobiliza para ajudar casais com procedimentos como casamento e batizado. Juntas, as pastorais abrangem cerca de 100 voluntários. “Estamos trabalhando em unidade em prol do irmão carente.”

A tendência, segundo ela, é que a união e a proximidade com a comunidade auxilie a ampliar a atenção dada a quem necessita. Um dos desejos, afirma, é viabilizar a extensão do trabalho para o atendimento de pessoas em situação de rua.

Maridalva Gevaerd, 54, coordena o grupo de ação social Esperança 2 há 20 anos. Desde lá, destaca a participação e o processo de reconhecimento vivido pelo bairro. De acordo com ela, era comum a imagem de que o bairro não tem carências, mesmo com os pedidos recorrentes de moradores locais na paróquia São Luis Gonzaga.

Na época, as atividades começaram com três voluntárias. No primeiro mês, cerca de 20 solicitações de auxílio pelo grupo foram feitas. Os períodos de maior demanda chegaram a 64. Neste ano, cerca de cinco famílias recebem auxílio do grupo. As doações de alimentos, afirma, é feita por cerca de três meses, como forma de amenizar as dificuldades enquanto as pessoas buscam se estabilizar.

Marcelo Gouvêa

Dificuldades diárias
Coordenadora do Clube de Mães Tia Luci, Silvana Zorrer dos Santos, 53, viu no trabalhos manuais e voluntariado que a mãe fazia uma fonte de inspiração para se dedicar à causa. Destaca a possibilidade de melhora da qualidade de vida dos próprios voluntários, pela interação gerada pelo fato de dedicar tempo e atenção à comunidade.

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Ela destaca o incentivo à interação entre os clubes e a preocupação com a comunidade. “Este questão da doação e ajuda ao próximo já é uma postura do papa. Ele é aquele que colocou máquinas de lavar e sabão em pó para as pessoas carentes, em Roma. Então, que todas as vertentes da igreja sejam voltadas a ajuda aos carentes”, descreve.

A organização de bazares ou venda de números durante as Rodas da Fortuna ajuda na arrecadação dos recursos necessários para compra de alimentos e medicamentos. O grupo ainda faz a confecção de travesseiros, cobertas e roupas infantis.

Marcelo Gouvêa