GTB flagra infrações de pais na entrada das creches
Entre as principais infrações está a falta da cadeirinha, assento de elevação e cinto de segurança
Após solicitações de diretoras e professoras dos Centros de Educação Infantil de Brusque e denúncias da comunidade, a Guarda de Trânsito de Brusque (GTB) iniciou uma fiscalização durante todas as manhãs nas proximidades desses locais. Por mês, aproximadamente 150 pais são abordados. Segundo o diretor da Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram), Adalberto Zen, a operação tem como objetivo zelar pela segurança das crianças.
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Além das averiguações no transporte dos alunos por parte dos pais, os agentes de trânsito também fiscalizam o transporte escolar, principalmente se há ou não a presença de um monitor junto. Os agentes também fiscalizam as áreas demarcadas para parada dos ônibus. “Não é uma blitz de trânsito normal, é focado nas crianças. Até porque, às vezes, o pai é irresponsável e o filho é quem paga o risco”, diz Zen.
Desde o início das operações, os agentes afirmam que verificaram uma redução considerável nas infrações de trânsito e um aumento da conscientização dos pais. O diretor ressalta que muitos pais ainda procuram os agentes de trânsito para sanar dúvidas referente as cadeirinhas. “Mas na maioria dos casos, são informações apenas de como afixar o equipamento nos veículos”.
No caso do transporte escolar, além dos agentes da GTB, os fiscais da Setram também avaliam todos os veículos. Para esses casos, são verificadas a documentação do veículo e do condutor (Carteira Nacional de Habilitação e curso específico), e a forma que as crianças são acomodadas no interior dos veículos. Também é analisada a situação dos veículos que não possuem monitores, que são obrigados pela legislação.
Entre as principais infrações que os agentes flagram durante as operações está a falta de uso de equipamentos de segurança obrigatórios por lei, como cadeirinha, assento de elevação e cinto no banco traseiro. Muitos pais também são flagrados sem o uso do cinto de segurança, e outros transportando crianças menores de sete anos nas motocicletas, em muito casos sem o capacete e ainda com mais de uma criança no veículo. Além disso, muitos pais ocupam as vagas reservadas ao transporte escolar, como vans e ônibus.
O diretor afirma que ao serem abordados com as irregularidades, os responsáveis são autuados, o veículo é retido e pedem que alguém busque a criança ou providencie uma cadeirinha no local. O veículo só pode seguir após a irregularidade estar sanada. “Não adianta multar e deixar a criança ir embora naquela situação de insegurança”, acrescenta.