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Guabiruba e Botuverá pretendem aumentar repasses ao Hospital Azambuja

Os municípios, juntos, querem repassar R$ 15 mil mensais diretamente à instituição

Prefeituras da região pretendem aumentar os repasses feitos ao Hospital Azambuja de Brusque, com objetivo de ajudar a instituição no custeio dos serviços de urgência e emergência disponibilizados à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Prefeitura de Botuverá estuda a elaboração de um projeto de lei, a ser enviado para a Câmara de Vereadores, cujo objetivo é repassar recursos mensalmente ao Hospital Azambuja, de Brusque.

O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, explica que hoje não há repasse direto de recursos da prefeitura para o hospital, assim como acontece no caso da prefeitura de Guabiruba.

Atualmente existe uma pactuação estabelecida entre os municípios e a Prefeitura de Brusque, a qual recebe recursos de Guabiruba e Botuverá diretamente no seu fundo destinado ao custeio da saúde pública.

Isso acontece porque Guabiruba e Botuverá são municípios considerados de “gestão básica” em saúde, e Brusque é de “gestão plena”.

A ideia do projeto, cuja legalidade está sendo avaliada pela equipe jurídica da prefeitura, é repassar mensalmente ao hospital uma quantia estimada em R$ 5 mil.

Os recursos, diz o prefeito, iriam direto para a instituição, além daqueles já destinados ao fundo. O objetivo é que sejam utilizados no custeio do pronto-atendimento.

R$ 10 mil de Guabiruba
O prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, também tem intenção semelhante. Ele informou ter se reunido com o administrador do Azambuja, Evandro Roza, na manhã desta segunda-feira, e de antemão informa que é possível repassar recursos estimados em R$ 10 mil mensais.

Na tarde desta terça-feira, 6, está marcada uma reunião entre as secretarias de Saúde de Brusque, Guabiruba e Botuverá, na qual será discutida a forma de repasse de valores.

Kohler explica que é preciso, além de discutir a questão jurídica do repasse, e que tipo de legislação deve ser editada, também coletar mais informações sobre como o hospital aplica os recursos, quais são os maiores gargalos e áreas mais deficitárias.

Dados de atendimentos
Segundo informações do Conselho Municipal de Saúde (Comusa), os dados apresentados pelo hospital, relativos a uma média dos últimos dois anos, revelam que no pronto socorro 6,5% dos atendimentos são de moradores de Guabiruba e 1,7% de moradores de Botuverá.

Nas especialidades, a cota de atendimentos de pacientes das cidades vizinhas aumenta. No Raio X, por exemplo, são 8% de guabirubenses e 2,2% de botuveraenses atendidos em Brusque. Cota maior é de cirurgias: 11,4% do total realizado pelo SUS é de moradores de Guabiruba, e 2,2% de moradores de Botuverá.