Guabirubense consegue engravidar naturalmente duas vezes após anos de tratamento
Adriana e o esposo já tinham dado entrada na papelada para adoção quando descobriram a primeira gravidez
Por Eliz Haacke
eliz@omunicipio.com.br
Há quase dois anos Adriana Schlindwein Tachini tentava engravidar. Ela já estava com 34 anos e não queria esperar muito tempo para não correr risco de não conseguir. Ela passou por uma série de exames, que nunca apontaram nenhum problema nela ou no esposo Roberto Tachini.
Mesmo assim, as inúmeras tentativas não davam certo. Os moradores do bairro Imigrantes em Guabiruba, ouviram de diversas pessoas que não conseguia engravidar devido ao nervosismo e ansiedade. O casal consultou especialistas, fez tratamentos com medicamentos, dietas específicas com nutricionista, e muitos exames.
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Como a FIV apresentava uma alta taxa de eficácia, de 70%, o casal decidiu optar pelo procedimento. A professora precisou ficar de repouso por 15 dias e, ao final do período, Adriana teria que fazer o teste de gravidez, mas no meio do caminho ela teve a menstruação. O casal ficou muito abalado com o ocorrido, pois além de todo investimento financeiro, eles haviam criado altas expectativas, que foram frustradas mais uma vez.
Não obstante, quando Adriana voltou a trabalhar precisou lidar com os olhares tristes dos colegas de trabalho, ficando ainda mais desmotivada. “Era muito cansativo, estressante e uma correria. Todo tratamento era em Blumenau. Eu não conseguia acreditar como alguém conseguiria ter um filho com toda aquela correria. No fim do ano nós decidimos que era hora de parar”.
Como forma de superar toda a situação, a professora começou a escrever um livro sobre a história das tentativas. Cansados de toda situação, o casal cogitou a adoção e iniciaram a entrada na papelada. Em fevereiro de 2018 eles começaram a reunir a documentação e apresentaram no Fórum. Adriana e o marido ainda teriam que passar pelo curso de adoção, que não tinha data marcada.
Após alguns dias, ainda sem a menstruação, Adriana deu o braço a torcer e fez o teste. “Foram os dois risquinhos mais vermelhos que eu já tinha visto num teste”, conta emotiva.
Após quatro anos e oito meses o casal estava esperando o primeiro filho. O médico que acompanhou toda a história ficou em choque ao descobrir a gravidez. “Ele conta o nosso caso para todo mundo”, diz. Bernardo nasceu quando Adriana estava com 39 anos, em março de 2019.
Mas aos 41 anos ela foi surpreendida e descobriu que estava grávida do segundo filho. O pequeno Henrique nasceu em 27 setembro de 2021, sete dias depois do aniversário de Roberto e três dias antes de Adriana. “Sou uma mãe realizada: tenho uma família linda, dois filhos incríveis e que se adoram”.
Aos 43 anos e com o sonho alcançado, Adriana incentiva outras mulheres que estão passando por uma situação semelhante. “Não desista, é um caminho difícil e complicado. Após ter o filho também será complicado, a maternidade tem seus altos e baixos e exige muito de você, mas é super recompensador. Eu não pensaria em outro tipo de vida. Procure outras maneiras, outras formas, mas não desista”.
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