Guabirubenses esperam por mais de dez dias correspondências saírem dos Correios de Brusque

Atraso nas entregas foi pauta na sessão da Câmara de Vereadores

Guabirubenses esperam por mais de dez dias correspondências saírem dos Correios de Brusque

Atraso nas entregas foi pauta na sessão da Câmara de Vereadores

Os moradores de Guabiruba vêm sofrendo com o serviço prestado pelos Correios. Conforme asinformações que chegaram à Câmara de Vereadores, algumas correspondências demoram mais de dez dias úteis para sair de Brusque e chegar a Guabiruba.

Para que encomendas, cartas e demais envios feitos através dos Correios cheguem aos moradores de Guabiruba, é preciso que passem pelo Centro de Distribuição em Brusque. E é justamente neste ponto, a apenas nove quilômetros de distância, que a correspondência fica por mais tempo.

Além da demora da entrega, o morador não pode fazer a retirada do objeto diretamente no Centro de Distribuição, devido ao sistema dos Correios. A encomenda só fica disponível para que o morador busque em alguma agência após a terceira tentativa de entrega.

Outro ponto destacado pelos moradores é que em alguns casos a encomenda se perde. Segundo as reclamações, há cartas que deveriam ser entregues somem do sistema e nunca são entregues aos destinatários.

Da Suécia a Guabiruba

Uma encomenda que saiu da Europa levou apenas nove dias para chegar até São José. Neste período o objeto também teve que passar pela fiscalização aduaneira. Mesmo assim, o longo trajeto foi feito com tempo menor do que os Correios precisaram para transportar o pacote de Brusque até Guabiruba.

Conforme o registro de rastreamento, foram 15 dias corridos, ou 13 dias úteis, para que a encomenda saísse do Centro de Distribuição de Brusque a caminho do destinatário em Guabiruba. A correspondência era do Jocimar Fischer, biólogo que constantemente faz compras pela internet.

Conforme o relato do morador, a demora na entrega por parte dos Correios não é algo recente. Mas ele destaca que com a pandemia a situação se agravou.

Fischer foi até o Centro de Distribuição de Brusque e pediu explicações. Segundo ele, no local foi informado que existem poucos funcionários para a função e que não existem concursos há pelo menos dez anos. A funcionária também disse ao biólogo que não via solução para o problema.

Ofício ao Centro de Distribuição

Segundo os relatos que chegaram até a vereadora Simone Fischer (MDB), os moradores enfrentam este problema constantemente. Por esse motivo o assunto foi levado até uma das sessões ordinárias da Câmara de Vereadores.

Para que uma resposta pudesse ser entregue aos guabirubenses, um ofício foi protocolado pela Câmara e foi levado até os Correios. O documento foi entregue pelo assessor Daniel Cardoso.

Conforme o relato do assessor, ao chegar no Centro de Distribuição de Brusque ele tentou contato com o gerente do local. Porém ele teve que aguardar mais de duas horas até que o documento fosse assinado.

O motivo de tanta demora foi porque o gerente estava se negando a assinar a confirmação de recebimento do ofício. Segundo Cardoso, ele queria falar com superiores para saber qual o procedimento que deveria ser feito.

Resposta dos Correios

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, a atual situação se deve aos protocolos adotados pela empresa durante a pandemia. Com objetivo de garantir a segurança de empregados, fornecedores e clientes, alguns serviços foram afetados.

A expectativa é de que até o próximo sábado, 10, a situação esteja normalizada. Confira a nota na íntegra:

“Os Correios lamentam os transtornos e informam que, em razão dos protocolos adotados pela empresa em prol da segurança de empregados, fornecedores e clientes, é possível a ocorrência de alterações nos serviços prestados pela estatal. É o caso do Centro de Distribuição Brusque, responsável pelas entregas em Guabiruba. As atividades dessa unidade serão normalizadas até o próximo sábado (10).
Cabe esclarecer que, no intuito de minimizar os impactos aos clientes e otimizar o atendimento e as operações de distribuição, os Correios estão adotando diversas medidas, tais como o remanejamento de empregados de outras unidades, a contratação de mão de obra terceirizada e a realização de horas extras e plantões aos fins de semana.”

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