Gusttavo Lima tem prisão decretada em investigação de lavagem de dinheiro e jogos ilegais
Mandado foi expedido pela Justiça de Pernambuco nesta segunda-feira
O cantor sertanejo Gusttavo Lima teve um pedido de prisão decretada nesta segunda-feira, 23, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE). Segundo o portal g1, a decisão acontece em meio às investigações que apuram um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos ilegais.
Ainda de acordo com o g1, o mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e cita que a “conivência com foragidos” do artista compromete o sistema judicial e perpetua a impunidade.
Operação Integration
A Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, cumpriu diversos mandados de prisão e apreensão no dia 4 de setembro. A ação teve como alvo uma organização criminosa que movimentou quase R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Uma das pessoas presas na operação foi a influenciadora Deolane Bezzera, que chegou a ser solta, mas foi presa novamente por descumprir medidas cautelares impostas para prisão domiciliar.
Ao todo, foram recolhidos pela Justiça 17 carros de luxo e 38 veículos restritos no Renajud, sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além disso, foram apreendidos mais de cem imóveis; quatro aviões e sete embarcações. A operação resultou, ainda, no bloqueio de valores em conta e aplicações financeiras de quase R$ 3 bilhões. Os investigados precisaram entregar seus passaportes. Os portes de armas de fogo deles foram suspensos e os registros cancelados.
A ação contou com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ-SP), da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e de 170 agentes de segurança pública do estado. Participaram, ainda, integrantes das forças policiais de Goiás, da Paraíba, do Paraná e de São Paulo.
Investigações
Segundo a polícia, tudo começou com uma investigação de lavagem de capitais, iniciada em abril de 2023, a partir da apreensão de R$ 180 mil reais em espécie em 1º de dezembro de 2022. Teriam sido movimentados, de janeiro de 2019 a maio de 2023, mais de R$ 3 bilhões em contas correntes, em aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes dos jogos ilegais.
Conforme o inquérito, a organização criminosa usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavagem de dinheiro realizada por meio de depósitos e transações bancárias.
O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com o imediato saque do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis.
Os agentes de segurança pública identificaram movimentações financeiras atípicas de pessoas físicas e jurídicas, que indicam indícios de ilícitos financeiros, sem nenhum suporte para as transações comerciais e financeiras feitas pelo grupo e a maioria dos integrantes tem padrão de vida totalmente incompatível com a renda e bens declarados.
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