H1N1 e doenças ligadas ao Aedes aegypti ainda preocupam em Brusque
Balanço mostra recuo de doenças como zika vírus, chikungunya e impetigo
Balanço mostra recuo de doenças como zika vírus, chikungunya e impetigo
Com a chegada do frio, mesmo que ainda seja outono, o cenário para a Vigilância Epidemiológica muda. Antes, a preocupação era com a dengue, zika vírus e chikungunya, agora, passa a ser o H1N1 e doenças respiratórias. O órgão fez um balanço da situação na cidade a pedido do Município Dia a Dia.
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O frio faz com que os ambientes permaneçam mais fechados, o que aumenta as chances de contágio. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Natália Cabral Marchi, há atualmente 13 pessoas infectadas com o H1N1, conhecido como gripe A, em Brusque.
Além destes casos confirmados, existe quatro pessoas que aguardam o resultado do exame sobre o H1N1. Os testes foram enviados ao laboratório em Florianópolis. De acordo com Natália, outras 22 pessoas foram testadas para a gripe A desde janeiro, mas os resultados foram negativos.
“Num panorama geral, como em todo o Brasil, houve um aumento dos casos de H1N1 e consequentemente óbitos por isto. Porém a procura pela vacina foi muito grande, em contrapartida ao fracionamento da distribuição deste imunobiológico. Pessoas do grupo prioritário que nunca se vacinaram, nesta campanha recebeu a vacina”, diz Natália.
Ela também monitora os casos de impetigo. Em maio, as aulas na rede municipal de educação tiveram de ser interrompidas por causa de um surto da doença de pele entre as crianças. No entanto, diferentemente do H1N1, os postos de saúde e hospitais não são obrigados a notificar a Vigilância Epidemiológica. A exceção é quando é um surto, ou seja, mais de três diagnósticos na mesma região.
“Não posso estimar um número, pois não é doença de notificação compulsória. Porém, após a ação preventiva nas Escolas Municipais com a paralisação dos três dias para higienização, tivemos uma queda considerável dos casos”, afirma a coordenadora do órgão.
Dengue ainda preocupa
O calor foi embora e com ele a preocupação da população com Aedes aegypti na região. Mas os dados da Vigilância Epidemiológica mostram que o perigo da dengue, chikungunya e zika vírus – todos transmitidos pelo mosquito – ainda existe.
Segundo números do programa de controle de endemias, desde o começo do ano, 19 pessoas já foram diagnosticadas com uma das três doenças. Foram: 15 com dengue, três com chikungunya e uma com zika vírus.
A coordenadora do programa, Fernand Lippert, informa ainda que há outros três casos de dengue e um de chikungunya sob investigação. Foram realizados os exames e o resultado deve chegar em breve.
A quantidade de casos positivos para as enfermidades relacionadas ao Aedes aegypti está ligada ao volume de focos do mosquito. De acordo com Fernanda, 49 locais deram positivos para a presença do inseto desde janeiro. Eles foram distribuídos entre: Centro, um; Centro II, oito; Limoeiro, um; Nova Brasília, 17; Santa Rita, nove; Santa Terezinha, dois; São Luiz, nove; e Steffen, dois. Destes, seis ainda estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica.
Segundo Fernanda, com o inverno, a tendência é que os casos destas doenças caiam. “Em abril, encontramos 16 focos, em maio, foram dois focos. O último foco foi encontrado dia 16 de maio, no bairro Santa Rita. Posterior esta data não positivou mais nenhum local. A tendência é diminuir agora neste período de frio, mas não descartamos a possibilidade de encontrar novos locais. A equipe endemias está em constante fiscalização, sendo que os trabalhos perduram o ano todo”.
A coordenadora do programa de controle de endemias ressalta que não é porque o inverno se avizinha que o mosquito sumirá automaticamente. A tranquilidade na cidade só pode existir com a colaboração das pessoas, fazendo a prevenção ao evitar deixar água parada. “Não podemos baixar a guarda, a proliferação do Aedes aegypti é muito rápida e precisamos estar todos unidos nesta causa”, afirma Fernanda.
Pelo estado
A Divisão de Vigilância Epidemiológica divulgou boletim informativo sobre a situação da dengue, da chikungunya e do zika vírus em Santa Catarina. Até 4 de junho foram notificados 12.303 casos suspeitos de dengue. Desses, 4.262 foram confirmados, 703 estão inconclusivos, 6.978 foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 360 casos suspeitos estão em investigação pelos municípios.
Já de chikungunya foram notificados 518 casos suspeitos em Santa Catarina. Desses, 50 foram confirmados, 73 estão inconclusivos, 330 foram descartados e 65 permanecem em investigação.
Por último, foram notificados 363 casos suspeitos do zika vírus no estado, dos quais 40 foram confirmados , 28 estão inconclusivos, 234foram descartados e 61permanecem em investigação.
Números
13
casos confirmados de H1N1
15
casos confirmados de dengue
3
casos confirmados de chikungunya
1
caso confirmado de zika vírus