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Há anos abandonada, cachoeira do Merico será concedida à iniciativa privada em breve

Edital de concessão do local, que é propriedade da Prefeitura de Brusque, está previsto para ser lançado até abril

Há anos abandonada, cachoeira do Merico será concedida à iniciativa privada em breve

Edital de concessão do local, que é propriedade da Prefeitura de Brusque, está previsto para ser lançado até abril

Nesta segunda-feira, 30, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ademir José Jorge, afirmou que o edital de concessão da cachoeira do Merico, no Cedro Alto, deve ficar pronto em meados deste mês.

“Vai ser um projeto de convênio, tanto para restaurante ou pousada, que pode usar o espaço, envolvendo o turismo da cidade. Se cogitou a ideia de se fazer uma fábrica de cerveja, que tem bastante procura no Vale Europeu. A gente quer fazer um edital com transparência”, adianta.

No passado, a cachoeira do Merico reunia diversas famílias e amigos. A beleza do local, em meio a natureza, oferecia uma piscina, tobogãs e uma estrutura para receber visitantes, que procuravam a queda d’água para se refrescar em dias quentes.

Contudo, após o início dos anos 2000, a área pertencente à Prefeitura de Brusque passou a sofrer ano a ano com o abandono. Hoje, a cachoeira continua a tirar o suspiro de visitantes, mas a estrutura do local virou ruínas após a falta de manutenção, mesmo sendo um dos principais pontos de beleza natural do município.

Há um ano, Ademir já havia revelado que a intenção da prefeitura era repassar o espaço para a iniciativa privada. O secretário afirmou na ocasião que o edital para concessão de uso do local seria lançado ainda em 2022, o que não ocorreu.

Agora, segundo ele, o documento deve finalmente ser finalizado. O próximo passo é passar pela avaliação do prefeito, Ari Vequi. “Queremos aproveitar o belo local para explorá-lo de forma turística. O edital estando pronto, acredito que em 45 dias esteja publicado”, completa.

Abandono persiste

Luiz Antonello/O Município

Em janeiro de 2023 o abandono persiste na cachoeira e a situação é a mesma do que foi vista nos últimos anos. O esquecimento é notado já na entrada: a via de acesso, que é de barro, é precária, cheia de buracos e sem sinalização.

Ao chegar perto da cachoeira, a primeira estrutura a ser vista é o que um dia já foi uma piscina. Feita de cimento, ela reunia crianças e adultos em outrora, mas hoje reúne apenas vegetação.

Mais a frente, é vista a primeira queda da cachoeira. Nela, desemboca o primeiro tobogã encontrado na área. Feito de cimento, ele apresenta danos, como laterais quebradas e base desgastada com o tempo.

Luiz Antonello/O Município

Para acessar outros espaços, é preciso fazer a subida do terreno. O caminho próximo da cachoeira é pela lateral do tobogã. Também há outro caminho, com uma escada de concreto, que passa por onde ficava o quiosque com bar e lanchonete, o que hoje é apenas ruínas.

Descuido

Na segunda parte da cachoeira é vista a entrada do tobogã, uma ponte que passa por cima do riacho e uma estrutura de cimento com churrasqueiras no solo. Toda a proteção lateral da ponte, feita com arame, está enferrujada. Em alguns pontos, o arame está completamente destruído, deixando a ponte sem proteção.

Luiz Antonello/O Município

Nas churrasqueiras são vistos indícios de uso recente, principalmente pela quantidade de lixo deixado por visitantes em meio a natureza, como garrafas de vidro e latinhas, além de plástico.

Neste local, há outra queda da cachoeira e mais um pequeno tobogã, também danificado pelo tempo. Ao lado, ainda existe uma pequena escadinha de cimento.

Luiz Antonello/O Município

Acima do morro há mais uma queda da cachoeira. Para chegar até lá, é necessário subir ao lado do pequeno tobogã. O caminho é uma trilha íngreme de acesso regular, com uma subida em torno de 3 minutos.

Na última parte é onde existia mesinhas e bancos de cimento. Hoje, há apenas uma mesa que ainda não foi destruída pelo tempo. Há uma pequena churrasqueira ao lado, também com lixo deixado por visitantes do espaço. Próximo dali, está a terceira e última queda da cachoeira e uma vista de tirar o fôlego.

Movimentações

Luiz Antonello/O Município

A Associação de Moradores do Cedro Alto tentou mobilizar o poder público para revitalizar o local e resgatar os tempos áureos da cachoeira, porém, sem sucesso. Em 2018, O Município publicou reportagem que mostrava a situação de abandono da cachoeira e também a tentativa de revitalização do espaço de lazer pelos moradores.

A ideia era fazer uma parceria com a prefeitura para garantir a manutenção e o uso seguro do espaço. Pela proposta, o poder público faria uma revisão e limpeza, enquanto a entidade ficaria com parte da área para realização de atividades comunitárias e auxiliaria na preservação do ambiente.

No ano passado, a associação estava desativada por conta da pandemia, assim como a maioria das associações de bairros. Entretanto, segundo o morador Adilson Sapeli, que já foi presidente da entidade, a associação de moradores continua desativada em 2023.

Cachoeira do Merico

Luiz Antonello/O Município

A cachoeira leva o sobrenome do ex-prefeito de Brusque, Alexandre Merico. Moradores do bairro contam que foi durante o mandato dele que a cachoeira foi comprada. Na época, ela se transformou em uma área de lazer pública, de responsabilidade da Prefeitura.

Ainda de acordo com os moradores, a cachoeira ficou conhecida pelo sobrenome do ex-prefeito porque na década de 1970, quando avaliava a compra da área, Merico subiu até o topo, escorregou e caiu lá de cima. Ele ficou bastante machucado e chegou a ser levado para o hospital. Após se recuperar, ele concretizou a compra. O local, então, ficou conhecido como a cachoeira do Merico.

Confira imagens do local:

Luiz Antonello/O Município
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