Há cinco anos, Bruscão comemorava tricampeonato da Copa Santa Catarina

Pela segunda segunda vez em dois anos, festa brusquense foi feita dentro da Arena Joinville

Há cinco anos, Bruscão comemorava tricampeonato da Copa Santa Catarina

Pela segunda segunda vez em dois anos, festa brusquense foi feita dentro da Arena Joinville

No dia 10 de julho de 2010, o Município Dia a Dia noticiava: “Bruscão, o dono da Copa SC”. Há exatamente cinco anos, o Marreco comemorava o último e um dos mais importantes títulos de sua história. Uma data que ficará para sempre marcada na memória do torcedor brusquense. Foi neste dia, que os fãs do Brusque FC celebraram a hegemonia do clube na Copa Santa Catarina, após um jogo alucinante, em plena Arena Joinville. A partida marcou a segunda conquista da competição na casa do adversário, a outra já havia ocorrido em 2008, e colocou o clube novamente no rol das equipes com calendário nacional.

A conquista da Copinha, mais do que o título, garantiu ao Marreco participação na Série D e também na Copa do Brasil. A festa brusquense, que perdurou noite afora só não foi maior em razão de um fato lamentável que ocorria concomitantemente a comemoração do título brusquense.

Enquanto jogadores ainda comemoravam com a torcida, dentro de uma das cabines de imprensa da Arena, o jornalista da Rádio Cidade AM de Brusque, Rodrigo Santos, era agredido covardemente por Delfim de Pádua Peixoto Neto, filho do presidente da FCF, num dia em que a festa brusquense dividiu espaço com a truculência fora do campo de jogo.

A finalíssima

Depois de vencer o Joinville por 1 a 0 no jogo de ida, o Bruscão precisava de apenas um empate para se sagrar tricampeão da Copa Santa Catarina. A conquista do título era um alento para a equipe, que por pouco não avançou às finais do Catarinense.

Em campo, o time comandando por Joceli dos Santos era conhecido por se caracterizar como uma equipe de qualidade, com jogadores de destaque como o artilheiro Pantico, e os meias Têti e Diogo Oliveira. Já o JEC, dirigido por Edinho Nazareth, via em Lima seu grande nome para voltar a ter calendário nacional.

Apoiado pela torcida, a equipe da casa pressionou do início ao fim. Lima, a esperança de gol tricolor, cansou de perder chances incríveis que deixaram a torcida brusquense à flor da pele.
O título ficou ainda mais perto do Bruscão quando Ratinho, o substituto de Pantico no intervalo, ganhou de dois defensores na ponta esquerda, invadiu a área e tocou mansinho para o fundo das redes. A Arena virou uma espécie de Gigantinho.

O JEC não desistiu, e Lima seguiu perdendo gols. Em um dos lances, de frente para à meta do jovem João Ricardo, finalizou pra fora. Em outro, desperdiçou o empate com com o goleiro já batido. No fim, aos 43 minutos, a pressão deu resultado. Carlinhos Santos chutou de fora da área, a bola desviou e traiu João Ricardo: 1 a 1. A conquista, que estava desenhada, ainda teria mais oito longos minutos que mais pareceram uma eternidade, tanto no Norte do estado, quanto na capital do Marreco, onde foi realizada a festa do título.

Veja abaixo a ficha técnica da grande final

COPA SANTA CATARINA
Final – 2º jogo
Joinville 1×1 Brusque
Data: 10/07/2010 (sábado)
Hora: 18h30
Local: Arena Joinville, em Joinville
Joinville: Fabiano, Rafael Tesser, Renato Santos, Fernando, Eduardo (Chiquinho), Carlinhos Santos, Luís André, Ricardinho, Miro Bahia (Charles), Lima , Edinho (Lino). Técnico: Edinho Nazareth
Brusque: João Ricardo, João Neto, Rogélio, Cris, Valmir, Carlos Alberto, Pereira, Têti (Guto), Diogo Oliveira (Rogério), Pantico (Ratinho). Rafael Xavier. Técnico: Joceli dos Santos
Arbitragem: Célio Amorim, auxiliado por Josué Gilberto Lamin e Helton Nunes
Gols: Ratinho, aos 10 do segundo tempo para o Brusque; Renato Santos, aos 43 do segundo tempo para o JEC

Reviravolta
A conquista da Copa Santa Catarina começou muito antes do dia 10 de julho. A equipe que se sagraria tricampeã da Copinha fez sucesso também no Campeonato Catarinense. O time chegou a passar sustos na competição estadual e conviveu durante boa parte do certame com risco de descenso, mas a contratação de jogadores como Pantico e Diogo Oliveira, deu outra cara à equipe. O sacrifício da diretoria brusquense para não deixar o clube cair quase culminou com vaga nas fases finais do catarinense.

De oitavo colocado no turno, a equipe pulou para quarta colocação no returno. Chegou a disputar vaga para o quadrangular final com o Avaí, que seria campeão. No jogo da Ressacada, que poderia deixar a equipe próxima do segundo título, o Marreco chegou a buscar o empate em 3 a 3 após estar perdendo por 3 a 1. Aos 48 minutos, Diogo Oliveira perdeu um gol incrível. Na sequência da jogada, o Leão fez o quarto e avançou para se sagrar campeão estadual pela 15ª vez.

O iluminado
O título de 2010 do Bruscão teve vários personagens importantes, mas talvez nenhum tenha sido tão iluminado quanto o atacante Ratinho. Na partida decisiva na Arena, o jogador saiu do banco de reservas para substituir o até então destaque da equipe, Pantico. Com apenas dez minutos em campo, teve personalidade para ganhar de dois marcadores, tocar no canto do goleiro Fabiano e fazer a torcida brusquense explodir de alegria na Arena Joinville.

Bastidores da final
Antes mesmo da final entre Brusque e Joinville, muitas especulações surgiam acerca das partidas decisivas. Preocupações com arbitragens e bastidores marcaram a grande final. Até mesmo o interesse do Joinville em Pantico, um dos destaques da equipe brusquense, chamaram a atenção.

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