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Há dois meses, estoque de medicamentos para tratamento do HIV está reduzido em Brusque

Atualmente, 701 pessoas recebem a medicação no município

Há pelo menos dois meses, o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Brusque está trabalhando com seu estoque de medicamentos para o tratamento do HIV reduzido. A distribuição dos medicamentos é de responsabilidade do Ministério da Saúde, que envia as remessas aos estados, que só então, repassam para os municípios de acordo com a necessidade.

Entretanto, o Ministério da Saúde vem enfrentando problemas na distribuição, o que têm gerado a falta dos medicamentos que compõem o coquetel antirretroviral em algumas cidades.

Em Brusque, segundo o SAE, ainda não chegou a faltar, mas há dois meses o município não recebe o seu pedido total. “Estamos trabalhando para evitar o desabastecimento total, no momento, temos expectativa que os pedidos de medicação venham completos no próximo mês e a situação se regularize”, diz a farmacêutica do SAE, Camila Gili.

Ela destaca que o Brasil inteiro está enfrentando esta situação e que, em Brusque, nenhum paciente ainda ficou sem medicação, porém, alguns precisaram vir mais de uma vez no mês pegar seu medicamento já que é dispensado para uma quantidade de dias menores até que o SAE consiga o remanejamento de outra cidade ou do próprio almoxarifado do estado.

Atualmente, são 701 pessoas que recebem a medicação em Brusque. Camila explica que existe uma lista de 25 medicações que compõem diversos esquemas para o tratamento de HIV. Segundo ela, a maioria dos pacientes em Brusque toma de um a três comprimidos ao dia, e o tratamento é dispensado, geralmente, para 30 dias.

“Quando há falta, este intervalo da dispensa é reduzido, para podermos atender mais pessoas, sempre visando que o paciente não pode ficar nenhum dia sem tomar seu medicamento”.

A farmacêutica destaca que, em caso de falta de medicamento, a consequência mais grave para o paciente é o HIV criar resistência ao medicamento, ou seja, ele terá que trocar seu esquema de medicação, pois o que ele tomava não funcionaria mais para combater o vírus.

“O objetivo do tratamento hoje é deixar a carga viral zerada. Sem a medicação, ela pode subir novamente e destruir as células de defesa, deixando ele mais propício a outras doenças oportunistas”.