Há menos de uma semana na praça da Cidadania, comerciantes cogitam formar associação
Iniciativa pretende auxiliar no cuidado com o espaço e na organização de eventos
Iniciativa pretende auxiliar no cuidado com o espaço e na organização de eventos
Com sete cachorrões em atuação na praça da Cidadania desde o dia 20, a possibilidade da formalização de uma associação para representar o grupo começa a ser cogitada entre os empreendedores. Após as reformas e instalação dos primeiros de 11 trailers previstos, profissionais do setor estudam a possibilidade de promover atrações para atrair público.
A mobilização foi motivada pelo impacto sentido no movimento com a saída das ruas centrais de Brusque. Para tentar compensar a queda do número de consumidores, muitos tem aproveitado os períodos da manhã e tarde para ampliar a clientela, já que antes atuavam apenas à noite. Ao todo, a praça tem capacidade para abrigar até 14 pontos de comércio.
Francisco Santos, o Chicão, 53 anos, é um dos incentivadores da criação do grupo. Segundo ele, de forma mais organizada seria possível promover eventos aos fins de semana, fazer ações de divulgação e a contratação de uma empresa para a segurança do espaço. O objetivo é estimular o movimento ao longo da semana, já que os trailers costumam ficar abertos até próximo da 1h.
Para ele, além da falta de hábito dos consumidores em circular pelo local durante a noite, o histórico de insegurança e a falta de estacionamento são barrerias a serem superadas. “Queremos nos organizar, nos ajudar e tentar reverter isso.”
Comerciantes falam em otimismo
Mesmo com o início difícil, Chicão acredita em um aumento gradual da circulação de famílias pelo espaço. Segundo ele, é preciso se reinventar. Com uma associação, acredita ser possível desenvolver ações, como a instalação de brinquedos, além de facilitar no encaminhamento de demandas do grupo.
Assim como ele, Devanzil Kramer, o Didi, 62, se diz otimista quanto ao futuro no local. Ele atua na cidade há cerca de dois anos e classifica o momento vivido pelos colegas como um período de adaptação.
Mesmo para os clientes, destaca, é preciso de tempo para se acostumarem e criarem hábito de circular pela praça e consumir no local. “Alguns têm aberto mais cedo, entregue alguns panfletos. Ainda demora um pouco.”
Em fase de conclusão
Apesar dos profissionais já estarem trabalhando na praça da Cidadania, os serviços de reforma da área ainda não foram finalizados. Atualmente, apenas o banheiro demanda serviços e a previsão é que as reformas estejam concluídas até a próxima sexta-feira, 4. Para evitar depredações, a possibilidade de manter os locais trancados, com cópias das chaves com os empresários, é cogitada pela prefeitura.
De acordo com o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, a prioridade era conseguir entregar o espaço em condições de uso pelos comerciantes até o último dia 20. Na data encerrava o prazo de 60 dias estipulado para a mudança dos comerciantes. A entrega do espaço para atuação ocorreu sem uma solenidade oficial.
No período, segundo o secretário, foi feito o preparo dos espaços e a instalação de energia elétrica para os pontos. Com o tempo, indica, a tendência é que cada um tenha seu próprio relógio de energia. A instalação depende de cronograma da Celesc.
De acordo com Molina, as chuvas atrapalharam o andamento das obras e não foi possível terminar os banheiros no tempo previsto. Os locais apresentavam problemas nas pias, vazamentos, itens quebrados e as portas não fechavam. “Como eles estavam sem cuidados, houve depredação do espaço ao longo do tempo.”
Molina vê com bons olhos a possibilidade de formação de uma associação entre os comerciantes locais. De acordo com ele, há interesse da categoria em auxiliar nos cuidados do espaço.
Estímulos à visitação
Para Molina, com as mudanças feitas na praça, a instalação dos foodtruks e o trabalho da Polícia Militar no entorno têm auxiliado no aumento da sensação de segurança para quem frequenta o local.
De acordo com ele, outra iniciativa que deve estimular a circulação de pessoas é a realização de apresentações no palco central. Mensalmente, afirma, a Fundação Cultural deve utilizar o espaço para organizar eventos, como forma de fomentar a circulação de público.