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Habitat natural: conheça anfíbios e répteis nativos do rio Itajaí-Mirim

Diversas espécies destes grupos dependem totalmente do rio para sobreviver

Os anfíbios são animais que dependem totalmente do rio Itajaí-Mirim para sobreviver. “Nunca vão se libertar da água porque dependem dela para se reproduzir e dependem da umidade”, enfatiza o biólogo Fabricio Ulber.

Anfíbio rã-manteiga Z | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulber

A reprodução das espécies ocorre dentro da água, desde a cópula, fecundação até o desenvolvimento da fase de girino. Mesmo após a metamorfose depende da água por conta da umidade.

Espécie sapo-martelo vive no rio Itajaí-Mirim | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulber

Sapo-cururu, perereca-de-banheiro, sapo-martelo, perereca-verde, rã-manteiga e pererequinha são algumas das espécies que podem ser encontradas nas margens do rio Itajaí-Mirim.

O sapo-cururu é um tipo de sapo comum na região | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulber

Os anfíbios são mais sensíveis à poluição. “Dependem da pele úmida para troca gasosa, então qualquer tipo de poluente pode estar prejudicando esses animais”, conta o biólogo.

Perereca e perereca-verde são anfíbios que vivem no Itajaí-Mirim | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulber

Répteis

O rio Itajaí-Mirim e suas margens são habitat para répteis como quelônios, lagartos, serpentes e crocodilianos, segundo levantamento preliminar do biólogo. Os dados ainda não foram publicados.

Dentre os quelônios, são encontrados no rio o cágado-de-barbicha, cágado-pescoço-de-cobra e tigre-d’água.

Conhecidos como tartarugas, os cágados-de-barbicha são avistados pegando sol | Foto: Brenda Pereira

Estes animais vivem na água e retiram alimento do rio. Costumam pegar sol em troncos que ficam em meio à água ou às margens. Também se deslocam pelo rio, pois preferem nadar. O biólogo explica que além de ser fonte de alimento, o Itajaí-Mirim também auxilia na reprodução. Os cágados cavam as margens do rio e depositam os ovos. O calor do sol e o lodo facilitam a choca e nascem filhotes.

Ainda há o cágado-de-orelha-vermelha, espécie exótica criada como animal de estimação e solta indevidamente no rio. O biólogo explica que isso ameaça a espécie nativa, mesmo que não haja um grande número destes animais no rio.

“Essa espécie, que não é do nosso ambiente, vai competir com a nossa e vai estar com certeza diminuindo a disponibilidade de recursos para as nossas e vai prejudicaráa população dessa tartaruga, que é nativa”, comenta Ulber.

Quanto aos lagartos, é comum encontrar o lagarto-teiú, cobra-de-vidro e cobra-de-duas-cabeças. Apesar de serem chamados de cobras, são lagartos ápodes, ou seja, sem pernas.

Lagarto-teiú é um réptil que podem ser encontrado às margens do rio Itajaí-Mirim | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulber

As serpentes encontradas no rio Itajaí-Mirim são a caninana, cobra-cipó, cobra-d’água, cobra d’água-barriga-amarela, jararaca, jararacuçu, coral-verdadeira, boipeva, coral-falsa, dormideira, entre outras.

Jararacuçu é uma espécie de cobra que vive às margens do rio | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulber

“Dessas, as cobras-d’água são bastante dependentes dos rios, pois se alimentam de organismos aquáticos”, diz o biólogo. As demais se alimentam de outros bichos, como os ratos.

A cobra d’água é uma espécie que depende do rio para sobreviver | Foto: Arquivo Pessoal de Fabrício Ulbe

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