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Hantavirose: confirmada segunda morte pela doença em Brusque no ano

Suspeita é que mordida de rato tenha causado morte

O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen-SC) confirmou na manhã desta quinta-feira, 26, a segunda morte causada por hantavirose em Brusque em 2023. A informação foi confirmada pela diretora de Vigilância em Saúde, Caroline Maçaneiro.

A vítima, de acordo com a diretora, é uma mulher de 40 anos, moradora do bairro Limeira. “Era uma suspeita de óbito por dengue. Porém, nesta manhã o Lacen confirmou que era hantavirose”, afirma.

Trata-se de uma doença que não é transmitida entre humanos. A pessoa é infectada quando exposta a algum contato com ratos. A doença pode afetar as funções renal e respiratória.

A primeira morte pela doença em Brusque foi registrada em agosto, na localidade do Planalto. As duas residências onde as vítimas moravam tem uma ligação pela mata em linha reta. Segundo Caroline, tratam-se de casos isolados.

A suspeita da segunda morte é relacionada a mordida de rato, mas a diretoria ainda aguarda confirmação da causa. Quando se trata do primeiro falecimento, o motivo também foi a mordida do animal.

“O primeiro caso foi relatado de forma bem clara para nós [ter ocorrido por mordida]”, detalha Caroline. A primeira vítima foi um homem de 56 anos. A diretora comenta que Brusque não registrava casos de hantavirose com óbito “há muitos anos”.

Um trabalho foi realizado na comunidade com o registro do primeiro falecimento. A diretoria pretende agora realizar uma ação no Limeira. Caroline detalha que não há como monitorar a doença, pois os transmissores são animais silvestres, que se escondem. No entanto, é possível realizar orientações.

“Sempre é preocupante, pois [os casos] estão levando a óbito. É sempre um alerta, mas não o caso de todo mundo ‘sair correndo’. É importante sempre manter os ambientes limpos para não haver infestação de ratos”, finaliza.

Recomendações

Em setembro do ano passado, a Secretaria de Saúde monitorou casos de hantavirose após registros da doença no Sul do estado e na Serra catarinense. Naquela ocasião, um menino de 11 anos morreu em Urubici (SC) após ser mordido por um rato.

Em entrevista ao jornal O Município na época, o médico infectologista Ricardo Alexandre Freitas explicou que não existe um tratamento específico para a doença. Ele também detalhou possíveis situações que podem gerar contaminação.

“É uma doença que tem relação com ratazanas, por meio de ratos próximos à moradia. Às vezes, a pessoa tem contato com urina de rato [e é infectada] ou, como um caso no Sul, em que o rato estava roendo o dedo do bebê”, disse.

O que é possível, conforme Ricardo, é a prevenção de forma sanitária, envolvendo questões como a proximidade em que o espaço para descarte de materiais orgânicos está da residência.

“Afastar o lixo da casa e não deixar o animal chegar perto são formas de prevenção. O animal vem para se alimentar. Então, se acumular lixo com restos de comida próximo à residência, a tendência é acabar trazendo os animais para próximo da casa, principalmente em zonas rurais”.


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