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Havan cede 828 camisetas ao Brusque para clube obter verba integral nas vendas

Luciano Hang e Danilo Rezini responderam também a perguntas sobre estádio e investimentos

O Brusque recebeu, na manhã desta quarta-feira, 10, 828 camisetas oficiais que estavam em estoque na Havan para comercializá-las a R$ 79,90 e ficar com a verba integral resultante das vendas, que com este preço podem chegar a pouco mais de R$ 66 mil. Os modelos são do segundo uniforme, amarelo e do terceiro, preto. No evento, foi anunciado também que o clube não seguirá com a Umbro como fornecedora de material esportivo.

O proprietário da Havan, Luciano Hang, anunciou o preço a R$ 79,90 mas também sugeriu que as camisetas fossem vendidas a R$ 100 cada, o que elevaria a renda a R$ 82,8 mil. Ele pediu para que o torcedor passe a abraçar ainda mais o clube, principalmente ajudando com a compra de produtos oficiais e pagando planos de sócio-torcedor. Estes planos já existem, mas a Havan pretende atuar na sua gestão, principalmente referente a campanhas de marketing.

“O Brusque está crescendo, não só por causa de hoje, mas também por um trabalho de longo prazo, de anos e anos. O Danilo [Rezini, presidente do clube] deveria ser presidente de honra vitalício pelo que já fez pelo clube. Precisamos que a comunidade ajude. Podemos ter o sonho de chegar à Série A do Brasileiro, mas para isto, o clube precisa de ajuda, dinheiro. Bons times precisam de dinheiro”, comenta.

O presidente do Brusque, Danilo Rezini, agradeceu a iniciativa e reiterou a importância da empresa no crescimento do clube. Lembrou ainda que o Brusque não está confortável financeiramente, e teve adiantamento da verba proveniente do patrocínio da Havan em 2019 para arcar sem complicações com seus compromissos do primeiro semestre.

“Talvez o Brusque não existisse sem este apoio que a Havan vem dando ao clube. E na verdade, todos os nossos patrocinadores são importantíssimos, grandes parceiros, e nos ajudam muito.”

Rompimento com a Umbro
Os uniformes da Umbro foram lançados em dezembro de 2017, em uma parceria que envolveu Umbro, Havan e o Brusque. Danilo Rezini explica que para 2020 a fornecedora de material esportivo pediu uma compra adiantada de camisetas com a qual o clube não poderia arcar, temendo um encalhe grande com investimento alto.

“Estamos pensando em outros fornecedores, estamos em contato. Não é possível repassar nomes no momento porque não há nada oficial, mas possivelmente teremos um outro fornecedor para o próximo ano”, relata.

Dinheiro das vendas será todo do quadricolor | Foto: João Vítor Roberge

Arena Havan
Luciano Hang e a diretoria do Brusque estavam em reunião pouco antes ao anúncio da entrega das camisas e da coletiva de imprensa, e o empresário revelou que um dos assuntos foi a Arena Havan. Atualmente, estão sendo levantados orçamentos para a construção do estádio, que deve ter capacidade para 15 mil pessoas.

Ele afirma ainda depender do estado da economia nacional para que possa entregar o estádio, e voltou a citar a aprovação da reforma da previdência como condição para realizar mais investimentos.

“A Havan ajuda muito por meio do patrocínio, desde que a empresa vá bem. Preciso ver a reforma da previdência aprovada. Entrou um novo governo, mas com dificuldade no congresso, e a economia deu uma esfriada. Só vou investir num estádio entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões quando tiver certeza do que ocorrer a longo prazo.”

A previsão de Hang é que o estádio também abrigue grandes eventos e que o dinheiro arrecadado no estádio seja revertido em prol do Brusque.

Poder de decisão e investimentos
Caso o acesso à Série C do Brasileiro seja alcançado, a Havan cogitará usar uma parcela maior de seu orçamento em marketing para o quadricolor. À medida que o Brusque cresce, a empresa deverá ter maior poder de decisão e controle sobre o clube. Hang relata que funcionários da Havan já participaram da diretoria, e que está deverá ser uma tendência.

“A Havan vai poder investir, mas quer ter mais voto de decisão, na diretoria e no estádio. A gente vai investir, mas queremos mais decisão dentro do clube para que possamos vislumbrar um futuro muito melhor.”

Para Hang, o Brusque precisa passar por um processo de transformação para clube-empresa, de maneira que se torne, em suas palavras, “auto-sustentável”, com gestão transparente, patrocinadores dando suporte e um plano de sócio-torcedor com grande adesão.

Após a construção da Arena Havan, o proprietário da Havan quer que o Brusque tenha categorias de base de alta qualidade, com jogadores da região sendo formados no quadricolor. A ideia do empresário é que vendas de atletas também façam parte da manutenção do clube.

Quartas de final no Augusto Bauer
O departamento de Comunicação do Brusque confirmou, no fim da tarde desta quarta-feira, 10, que o jogo de volta das quartas de final contra a Juazeirense (BA) será realizado no Augusto Bauer, às 16h de 21 de julho, domingo.

Em nota à imprensa, o gerente de Comunicação e Marketing do Brusque, Sandro Ortiz, informou que o estádio está dentro do regulamento conforme laudo técnico do Corpo de Bombeiros, com capacidade para 5.036 pessoas. O local da partida está confirmado no site da CBF.

O Brusque enfrenta a Juazeirense na primeira partida das quartas de final no Adautão, em Juazeiro, às 15h da próxima segunda-feira, 15, aniversário do município.