Havan pede autorização para iniciar restauração da chaminé da Renaux e da Villa Ida

Conselho do Patrimônio formará uma comissão para definir todos os procedimentos necessários

Havan pede autorização para iniciar restauração da chaminé da Renaux e da Villa Ida

Conselho do Patrimônio formará uma comissão para definir todos os procedimentos necessários

Os membros do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de Brusque (Comupa) se reuniram na tarde de sexta-feira, 17, em caráter extraordinário, para deliberar sobre a situação do complexo da Fábrica Renaux, adquirido recentemente pela Havan.

A empresa enviou no dia 14 de novembro um ofício ao Comupa solicitando a autorização para a restauração da chaminé e também da Villa Ida, casarão que está localizado no terreno da antiga fábrica.

Em relação à chaminé, a Havan pede a autorização para o início da demolição do topo da estrutura, já que está bastante frágil e corre o risco de cair. “A Havan está deixando a população entrar na fábrica para conhecer, então estão bastante preocupados com a situação da chaminé, que está em risco”, diz a presidente do conselho, Alexsandra Fidelis.

A chaminé tem cerca de 40 metros de altura e a intenção da empresa é retirar o topo da estrutura e fazer a restauração o quanto antes. Entretanto, os membros do conselho avaliam que antes de iniciar a obra, é preciso que seja feito um projeto de restauro, por um profissional capacitado, levando em consideração as particularidades do patrimônio histórico. “É essencial a manutenção da chaminé, disso não temos dúvidas, mas é preciso que zele pelo patrimônio da cidade”.

Já na Villa Ida, a Havan pretende iniciar nas próximas semanas a troca do telhado do casarão que está bastante comprometido e também solicitou a aprovação do conselho.

Por isso, foi deliberado que o conselho formará uma comissão em parceria com o Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) e Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan) para se reunir com os responsáveis técnicos pelos projetos para esclarecer todos os procedimentos, já que a chaminé e a Villa Ida estão entre os imóveis em processo de tombamento pedido pelo conselho.

“Não queremos ser um empecilho, mas garantir que os passos sejam dados dentro da legalidade, com o olhar patrimonial. Somos favoráveis ao restauro com um profissional capacitado e projetos”, destaca.

O Comupa deve responder ao ofício à Havan o quanto antes e, agendar uma reunião com a equipe técnica para tratar sobre o assunto e solicitar a contratação de um profissional especializado em restauro de patrimônio histórico para ficar a frente do projeto.

Pedido de demolição do prédio da Italianinha
A Havan também solicitou ao Comupa a autorização para a demolição do prédio onde funciona a Italianinha Restaurante e Pizzaria, na avenida Getúlio Vargas, no Centro 2.

O imóvel foi adquirido pela empresa neste ano junto com os bens da Companhia Industrial Schlösser e consta no catálogo de preservação do patrimônio histórico do município.

A Havan pretende transformar toda a área da Schlösser – mais de 40 mil m² – em um grande centro empresarial que engloba diversos serviços como teatro, ginásio de esportes, escritórios e universidade, e para isso, pretende demolir o prédio onde fica o restaurante com o objetivo de dar maior fluidez ao trânsito na avenida Primeiro de Maio.

De acordo com a presidente do Comupa, a principal justificativa que embasou o pedido de demolição do prédio foi a questão do trânsito, por isso, o conselho solicitou à Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram), um parecer sobre o assunto, entretanto, ainda não obteve resposta.

“A ideia é demolir o prédio e criar uma faixa a mais naquele trecho da avenida Primeiro de Maio, por isso, necessitamos ver os argumentos da Secretaria de Trânsito para embasar nossa decisão”.

A próxima reunião do conselho para discutir o assunto está marcada para o dia 11 de dezembro.

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