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Hepatites virais: conheça os tipos, sintomas, formas de prevenir e números registrados em Brusque

Enfermidades têm a capacidade de afetar o fígado e, em casos graves, podem até resultar em câncer hepático

Brusque registrou até o dia 20 de junho, 10 casos de Hepatite B e 2 de tipo C. Além de virais, essas enfermidades, com diversos sintomas e tipos, têm a capacidade de afetar o fígado e, em casos graves, podem até resultar em câncer hepático.

Em 2022, foram registrados 24 casos de hepatite B e 2 de tipo C em Brusque. A de tipo A não teve nenhum registro nos dois anos.

Classificação

O então secretário de Saúde de Brusque, Osvaldo Quirino de Souza, que deixou o cargo na semana passada, destaca que as hepatites virais são classificadas como tipos A, B, C, D e E. No Brasil, os tipos mais comuns são as hepatites B e C.

A forma de transmissão varia entre os tipos de hepatite. No caso das hepatites A e E, a transmissão ocorre por via oral-fecal, ou seja, por meio do consumo de alimentos ou água contaminados com o vírus.

O tipo E é pouco frequente na região sul do país. “Já as hepatites B, C e D são transmitidas de forma parenteral, ou seja, por meio do contato com sangue, como agulhas contaminadas ou relações sexuais”, conta.

Hepatite A

Osvaldo explica que a hepatite A não se torna crônica como os outros tipos da doença. Ele diz que muitas pessoas já tiveram na infância e não têm conhecimento disso, pois os sintomas são inespecíficos; podem se assemelhar aos sintomas de uma gripe comum, como coriza, o que faz com que passe despercebida.

Em adultos, pode causar icterícia, que é o amarelamento da pele, febre, aumento do fígado e do abdômen. Ele ressalta que a duração dos sintomas varia bastante, pois, como se trata de um vírus, depende da resposta imunológica de cada organismo, bem como da gravidade dos sintomas.

Para prevenir a hepatite A, é necessário manter uma higiene adequada dos utensílios de cozinha, dos alimentos e ferver a água para consumo, caso não seja tratada. Atualmente, existe uma vacina disponível contra o vírus, que é administrada de acordo com o calendário de imunização infantil, sendo aplicada a partir dos 15 meses de idade até antes dos cinco anos completos.

O diagnóstico da hepatite A pode ser feito por meio de testes sorológicos, recomendados por médicos clínicos gerais, médicos de família ou gastroenterologistas nos casos em que há icterícia.

No tratamento dessa forma da doença, não há um medicamento específico que a cure; são utilizados apenas analgésicos e antitérmicos para auxiliar no alívio dos sintomas.

Hepatites B e C

Osvaldo também explica que nem sempre a infecção pelos vírus da hepatite B e C causa sintomas, por isso é de suma importância divulgar campanhas sobre o tema.

Os tipos B e C podem assumir formas agudas ou crônicas. Para identificar a hepatite B, é necessário seguir um protocolo médico específico. No caso da hepatite C, a cronicidade da doença é definida se persistir por pelo menos seis meses.

Os sintomas de ambos os tipos são semelhantes. “Na forma aguda, podem ocorrer dores abdominais, icterícia, alterações nas fezes e na urina, bem como anormalidades nos exames laboratoriais”, relata Osvaldo. Segundo ele, quando a doença se torna crônica, pode causar doença hepática, que pode progredir para cirrose.

Em alguns casos, pacientes com hepatite C podem manifestar outros sintomas, como doenças renais, fadiga, depressão e dor nas articulações. Quando há suspeita, o diagnóstico pode ser feito por meio de testes rápidos ou exames de sangue.

Prevenção 

O tratamento para hepatite B em casos confirmados é específico e indicado para situações particulares. Quanto à hepatite C, o tratamento pode levar à cura da doença.

A prevenção da A e da hepatite B pode ser feita por meio da vacinação, que, de acordo com o Ministério da Saúde, também ajuda a prevenir o tipo D da doença. No entanto, ainda não existe uma vacina disponível para a hepatite C.

“Nesse caso, é importante enfatizar a prevenção, principalmente no que diz respeito a objetos de uso pessoal, como alicates, lâminas de barbear e escovas de dentes, os quais não devem ser compartilhados. Nas relações sexuais, o uso de preservativo é fundamental”, complementa.

Usuários de drogas injetáveis ainda são considerados grupos de risco para a doença, devido ao compartilhamento de seringas.


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