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Hiato causado pela inclusão do nono ano prejudica matrículas em universidades de Brusque

Na Unifebe, número de ingressantes caiu cerca de 30% no início do ano

Com a implementação do nono ano no ensino fundamental de Brusque e, com isso, o atraso de um ano no ingresso dos alunos no Ensino Médio, parte das escolas do município não tiveram turmas de terceirão no ano passado.

Com essa pausa, menos alunos se tornaram aptos para iniciar um curso de graduação em 2018 e, assim, o número de matrículas no Centro Universitário de Brusque (Unifebe), por exemplo, teve uma queda de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A instituição passou de 650 ingressantes no começo de 2017 para 450 no primeiro semestre de 2018. Para a instituição, o ano de “folga” foi o grande responsável pela queda.

De acordo com a pró-reitora de graduação da instituição, Heloisa Maria Wichern Zunino, a redução já era esperada pela Unifebe. “Há uns três anos já prevíamos a queda e mesmo assim a nossa avaliação é bastante positiva. Tivemos um número significativo de novos alunos”, afirma.

Número estável
Apesar de sentir o reflexo da falta dos terceirões, a Uniasselvi de Brusque se manteve no mesmo patamar do ano passado em relação ao número de matrículas na instituição – uma média de 500 entre os cursos presenciais e ensino à distância (EaD).

A gestora da unidade de Brusque, Rafaella Furtado Graf, explica que o perfil dos estudantes da Uniasselvi é mais velho. “O nosso público são aquelas pessoas que pararam de estudar por um tempo e retornaram, principalmente no ensino à distância.”

Por isso, de acordo com ela, a adequação para o nono ano não afetou tanto a instituição, apesar de que, nos últimos anos, houve o ingresso de muitos jovens.

A expectativa da gestora é que o número de matrículas aumente nas próximas semanas devido à mudança de endereço da instituição – a partir do dia 5 de março estará na Villa Schlösser, da Havan. “O pessoal está bastante interessado em nosso novo espaço, muitos vão deixar para se matricular no próximo mês”, diz.

Sem reflexos
Na Faculdade São Luiz, o diretor, padre Claudio Marcio Piontkewicz, destaca que a instituição teve aumento no número de novas matrículas neste início de ano.

De acordo com ele, a instituição também não sentiu tanto o reflexo da falta de formados no terceirão em 2017 porque a faixa etária de seus alunos também é mais elevada.

 

Cursos tradicionais são os mais procurados

Na Unifebe, os três cursos mais procurados são Direito, Psicologia e Administração. De acordo com Heloísa, os três têm um alto índice de empregabilidade e são bastante tradicionais na instituição. “Também são cursos que os filhos acabam seguindo a profissão dos pais, e por isso, ano a ano se repete, principalmente Administração e Direito.”

Na Uniasselvi, os campeões de novas matrículas em 2018 são as Engenharias, Administração, Contabilidade e Moda. “O curso de Moda está nos surpreendendo. Algum tempo atrás, era muito difícil fechar turma, e agora temos muita procura e está entre os mais procurados devido à vocação têxtil da cidade.”

Na modalidade de ensino à distância, Rafaella destaca que o curso de Pedagogia é o mais procurado.

Já na Faculdade São Luiz, o curso mais procurado é o de Filosofia. Padre Claudio destaca que a grande procura se deve pela trajetória de muitos anos de realização.

Ranking dos cursos mais procurados

Unifebe
1º Direito
2º Psicologia
3º Administração

Uniasselvi
1º Engenharias
2º Administração
3º Contabilidade

Faculdade São Luiz
1º Filosofia
2º Administração