Hipismo é opção para quem busca qualidade de vida

Cavaleiros e amazonas praticam o esporte para melhorar condicionamento físico e concentração

Hipismo é opção para quem busca qualidade de vida

Cavaleiros e amazonas praticam o esporte para melhorar condicionamento físico e concentração

Única modalidade presente nos Jogos Olímpicos em que o ‘material’ esportivo é um animal, o hipismo também tem adeptos em Brusque. Os benefícios às saúdes mental e física, somados à adrenalina dos saltos em altura, são os principais estimulantes da prática, apontam cavaleiros e amazonas do município.

Andressa De Mari (no centro) monta há 33 anos e é professora do A. De Mari Equitação e Haras / Foto: Juliana Eichwald
Andressa De Mari (no centro) monta há 33 anos e é professora do A. De Mari Equitação e Haras / Foto: Juliana Eichwald

Curitibana radicada em Brusque, a amazonas Andressa De Mari monta há mais de 33 anos. Aos 41, ela administra um haras na cidade e dá aulas de equitação e hipismo. Atualmente, a escola conta com 20 alunos, moradores tanto de Brusque quanto de outros municípios do estado e até de estados vizinhos.

A idade dos alunos variam entre 5 e 50 anos. Ainda assim, a motivação é geralmente a mesma: busca por melhor qualidade de vida e pelo aprimoramento da concentração e da disciplina. Os pais, por exemplo, colocam os filhos no esporte para que eles aperfeiçoem a concentração e a disciplina na escola.

“O hipismo ajuda na parte motora, ajuda também nos estudos e no comportamento. Faz a criança e o adolescente se concentrarem mais e também terem mais responsabilidade e mais foco. Na aula, eles estão lidando com um animal e precisam estar concentrados, isso auxilia nos outros setores da vida”, afirma Andressa.

Os pais também garantem que as aulas de hipismo refletem-se na escola e na vida pessoal dos filhos. Moradora de Balneário Camboriú, a advogada Gisele Reinaldi Pintos inscreveu a filha Isabela, de 8 anos, no haras de Andressa por vontade da própria menina. No decorrer dos anos, Gisele notou a evolução de Isabela.

“Ela monta desde os 4 anos. Eu percebo que o hipismo exige disciplina para lidar com o animal, até porque é um animal maior do que você. A minha filha, quando chega aqui no haras, já muda o comportamento e fica toda concentrada. Percebi também que ela perdeu o medo. Aqui mexe muito com o lado emocional e eles superam limites a cada nova aula”, diz.

Assim como a mãe de Isabela, a professora Andressa também valoriza o lado emocional do hipismo. Ela afirma que o esporte auxilia a criança, o adolescente e até mesmo o adulto a lidarem com a frustação:

“Em um outro esporte, como em um jogo de futebol, se você errar você pode tentar de novo, mas no hipismo não, se errou, não terá como recuperar na mesma volta. Isso também mexe com o ego. Você se frustra e tentará melhorar na próxima. Os adultos que nos procuram também evoluem como pessoa, além de aliviarem o estresse do dia a dia”, explica.

Praticando o hipismo há dois anos, o estudante Igor dos Anjos, de 15 anos, também aprimorou a concentração e tornou-se “mais disposto”, segundo a mãe, Vanessa dos Anjos. A instrutora de yoga acompanha quase todos os treinos do menino no Haras Fischer.

“Ele ficou mais centrado e mais disposto desde que começou a praticar o hipismo. Ele adora e eu adoro vir ver ele, eu acho o esporte muito bonito. E acredito que se eu acompanhar as aulas, ele fica ainda mais motivado”, diz.

A parceria entre pais e filhos é ressaltada pelo professor de equitação e hipismo do Haras Fischer, Artisio Marchiori Prandini Neto. Segundo ele, o hipismo é diferente de qualquer outro esporte.

“Quando o pai leva o filho no treino de futebol, geralmente ele não fica lá para acompanhar. No hipismo é diferente. Os pais gostam e fazem questão de ficar olhando os treinos dos filhos. E isso melhora a relação entre a família. A família se aproxima cada vez mais. E também vai junto em competições nos finais de semana. É muito importante essa relação”, argumenta.

O Haras Fischer existe há cerca de 22 anos e tem cerca de 20 alunos. Assim como o menino Igor, a amazonas Betina Scholesser, de 57 anos, também pratica o esporte. Ela já conquistou títulos nacionais e estaduais na categoria master. Ainda assim, o que ela mais valoriza no hipismo é o bem estar.

“É um dos melhores esportes que eu conheço. É muito bom para a saúde. Mexe com vários músculos do nosso corpo e faz bem para a mente”, diz. “Sem contar que a cada obstáculo que se consegue passar, é uma sensação muito boa. Quanto mais alto eu salto, melhor. Dá uma sensação incrível, de bem estar”, completa.


O hipismo

O hipismo é uma modalidade esportiva que engloba atividades como a ultrapassagem de obstáculos, provas de salto e de corridas. A equitação, por outro lado, é a prática da cavalgada.


O cavalo

Segundo o professor de equitação e hipismo do Haras Fischer, Artisio Marchiori Prandini Neto, o cavalo pode praticar o hipismo até os 25 anos de vida. Durante a prática, os animais recebem proteções nas canelas para diminuir o impacto durante os saltos.

 

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