História de dedicação e fé: paróquia Santa Teresinha celebra aniversário de 50 anos

No total, 12 comunidades formam a paróquia, que tem sua matriz no bairro Santa Terezinha

História de dedicação e fé: paróquia Santa Teresinha celebra aniversário de 50 anos

No total, 12 comunidades formam a paróquia, que tem sua matriz no bairro Santa Terezinha

O aniversário de 50 anos da paróquia Santa Teresinha, que será celebrado neste sábado, 13, marca o surgimento da congregação de várias igrejas, algumas centenárias, de Brusque e também algumas de Itajaí.

Atualmente, a paróquia engloba 12 comunidades, a mais antiga a de Nossa Senhora da Natividade, no Limeira Alta, criada em 1880, e a mais jovem a de São Luís e Santa Zélia, do Jardim Azaleia, que tem pouco mais de cinco anos de história.

A igreja matriz é a imponente Santa Teresinha, que foi inaugurada em 2008 após a demolição da antiga, em 2002, e abre suas portas para todos da região e também os visitantes que vêm até Brusque.

Comunidade e paróquia

Atualmente, o pároco da paróquia é o padre Anderson Moacir Ramos, que chegou à comunidade há um ano, mas que foi seminarista e fez pastoral na comunidade anteriormente.

Padre Anderson destaca que percebe um envolvimento muito grande dos bairros nas igrejas da paróquia e também uma influência da paróquia na comunidade.

“Há um trabalho bastante grande, que envolve não somente toda a parte de dedicação pastoral ligada a cada comunidade. Mas também inúmeras ações sociais e de promoção de desenvolvimento dos locais, dos bairros. Há uma dedicação educacional e social que a paróquia desenvolve. E realmente é um trabalho muito significativo”.

Padre Anderson é o atual pároco da paróquia Santa Teresinha | Foto: Diego Martins/O Município

O padre João da Cruz Stuepp, antes mesmo da comunidade ser desmembrada da Matriz São Luís Gonzaga em 1974, teve um grande papel, por exemplo na educação da cidade, fundando diversas escolas e também promovendo esporte, com a criação do ginásio São Luiz e um campo, que ficava localizado entre a igreja do bairro Santa Terezinha e o local onde hoje é o batalhão da Polícia Militar – anteriormente, uma escola.

“A paróquia teve sempre essa presença atuante e que promove, seja com iniciativas culturais e sociais, além de, claro, no âmbito da fé. A matriz é a entrada na cidade, muitas pessoas vêm visitar a igreja, tem essa referência”.

Padre João da Cruz Stuepp na antiga escola Santa Teresinha | Foto: Acervo Fundação Cultural de Brusque

Desde a fundação da paróquia, em 1974, motivada pelo crescimento populacional da região, vários párocos passaram, desde o primeiro, Isidoro Ghislandi, falecido em 2010, passando por Jorge Gelatti, que ocupava o cargo de pároco quando a antiga igreja foi demolida, até o padre Anderson atualmente, e levaram à frente o legado de padre João.

“A Sociedade Santos Dumont, por exemplo, que faz 60 anos, foi criada em 1º de maio de 1964, com a iniciativa do padre João, pensando em dar um espaço recreativo para a comunidade. O ensino aqui no nosso bairro também deve muito ao padre João, que criou a Escola Municipal Santa Terezinha, que ficava aqui no espaço onde é o batalhão de polícia. Ele se preocupava muito com a sociedade. Ele criou por exemplo o campo esportivo, que reunia as crianças e jovens aos sábados à tarde e aos domingos à tarde. Ficava entre a igreja e a Polícia Militar nesse espaço. Nós chamávamos de Campinho do padre João. A nossa paróquia tem muita ligação com a área social, porque os padres, quando chegaram aqui, pensaram além da área espiritual”, conta Nilse Dalago, 79 anos, vizinha da igreja matriz.

História viva

A relação de Nilse com a paróquia se confunde com a história da própria vida. “Eu não sei dizer quando eu iniciei a participar da igreja porque eu lembro desde sempre”, conta. Seu bisavô, Giacomo Cadore, foi um dos que coordenou a construção da igreja antiga, Ela sempre morou no bairro Santa Terezinha – desde quando ele ainda fazia parte do Limeira e quando a atual igreja ainda nem existia, já que ela foi construída entre 2002 e 2008 depois da demolição da antiga – e hoje é vizinha da matriz.

Nilse acompanha faz parte da igreja antes mesmo de ela virar paróquia | Foto: Bruno da Silva/O Município

Nilse frequentou a cruzada eucarística com o padre João, foi catequista por muitos anos, participou da congregação Mariana e, até hoje, está envolvida na vida da paróquia. Atualmente, participa da liturgia durante as missas na matriz, faz parte da ação social e coordena a missão.

“Eu me sinto orgulhosa por participar da igreja, porque a parte pastoral vai muito bem. Sinto orgulho porque eu participei desse processo, desde aquela criação da paróquia até agora. A gente percebe que cada vez vai melhorando e vamos crescendo cada vez mais”, ressalta.

Importância de celebrar

Até o próximo mês de outubro, a paróquia vive seu ano jubilar e, durante a semana em que a data de fundação é comemorada, uma programação especial foi desenvolvida. O pároco Anderson destaca a importância de revisitar a história.

“O jubileu é sempre o tempo de rever a história, de resgatar toda uma caminhada que compôs a vida da paróquia desde o seu início. Celebrar o jubileu é agradecer a Deus e a todas as pessoas que se somaram. Tivemos essa preocupação e percebemos o quanto houve toda uma dedicação desde o início, houve um caminho pastoral. Usamos também esse tempo para pensar o futuro e também trazer presente a história para os passos significativos para o futuro da paróquia”.

Matriz foi inaugurada em 2008, seis anos após a demolição da antiga igreja do bairro Santa Terezinha | Foto: Arquivo O Município

Para o padre Anderson, este também é um momento de gratidão pelos que os antecederam e pelos que ainda fazem parte da paróquia, escrevendo novos capítulos e levando à frente o legado de quem passou.

“Quando olhamos os passos da história, sempre vem um sentimento de gratidão por todos aqueles que fizeram parte. Mas, ao mesmo tempo, quando a gente recebe um legado de pessoas que estiveram presentes, percebemos que agora somos nós que fazemos a história. Antes foram eles que se dedicaram, construíram e fizeram toda essa parte que recebemos. E agora a história continua. Então também somos protagonistas. A paróquia é muito acolhedora. Queremos que a comunidade se faça presente não só nessa celebração do jubileu, mas também que se sinta parte”.

Celebrações do jubileu seguem até outubro | Foto: Diego Martins/O Município

Programação do jubileu

A programação do jubileu segue neste fim de semana. Nesta sexta-feira, 12, será a terceira noite do Tríduo, com missa presidida por Dom João Francisco Salm, bispo da Diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, às 19h30.

Já no sábado, 13, haverá a missa solene presidida pelo arcebispo metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, às 19h. Em seguida, um jantar comemorativo será servido no Salão Paroquial. Os convites antecipados podem ser adquiridos na secretaria da paróquia.


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