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Homem é condenado após furtar mais de R$ 190 mil em golpe do cartão de crédito em Brusque

Réu aplicou golpe em quatro pessoas

Um homem foi condenado a 30 anos de reclusão após aplicar golpe do cartão de crédito em quatro pessoas diferentes em Brusque. Ele furtou mais de R$ 190 mil se passando por funcionário de banco.

No dia 4 de agosto de 2021, o réu aplicou o golpe em três pessoas. A primeira era um homem, morador do bairro Volta Grande, que recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como funcionária de um banco e informou que o cartão dele teria sido clonado, e estaria sendo usado para realizar compras em outro estado.

A funcionária também disse que o homem deveria fornecer o número do cartão e a senha para cancelá-lo. Ela informou que um funcionário do banco passaria em sua casa para apanhar o cartão e entregá-lo na agência para apurar a fraude.

Diante disso, o denunciado passou na casa da vítima e pegou o cartão. Ele usava um crachá com nome falso.

No dia seguinte, a vítima começou a receber notificações de saques e PIX da sua conta.
Quando foi verificar o extrato, viu que foi retirado aproximadamente R$ 60 mil.

A segunda vítima, uma mulher, de 64 anos, moradora do bairro Santa Terezinha, também recebeu a mesma ligação de uma pessoa que se identificou como funcionária do banco, dizendo que o cartão dela havia sido clonado.

A atendente orientou a mulher a escrever uma carta de contestação informando o ocorrido. Ela também informou que em 20 minutos um funcionário do banco passaria em sua casa para pegar o cartão e entregá-lo na agência para apurar a fraude.

Após entregar o cartão e a carta manuscrita para o réu, a vítima acessou a conta bancária e percebeu que havia sido retirado R$ 24 mil.

A terceira vítima foi um homem, de 67 anos, morador do bairro Rio Branco. Ele também recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como funcionária do banco, dizendo que seu cartão havia sido clonado.

A atendente também orientou o homem a escrever uma carta de contestação informando que o cartão teria sido clonado. Ela informou que em 20 minutos um funcionário do banco iria até a residência e se identificaria como João Carlos Ribeiro para apanhar o cartão e entregá-lo na agência para apurar a fraude.

Após entregar o cartão e a carta manuscrita para o réu, a vítima acessou a sua conta bancária e percebeu que havia sido retirado aproximadamente R$ 51 mil.

Já no dia 5 de agosto, o réu aplicou golpe em uma idosa, de 75 anos, moradora do bairro São Luiz. Ela também recebeu a mesma ligação que as outras vítimas, desta vez informando que seu cartão estaria sendo usado para compras em outra cidade.

A atendente orientou a mulher a escrever uma carta de contestação informando que o cartão teria sido clonado, e também informou, que em 20 minutos um funcionário do banco, que se identificaria como Carlos Ribeiro, passaria em sua casa para apanhar o cartão e entregá-lo na agência para apurar a fraude.

Após entregar o cartão e a carta manuscrita para o réu, a vítima verificou que retiraram aproximadamente R$ 56 mil da sua conta do banco.

Desfecho

Após a investigação, os policiais localizaram o réu em um hotel no Centro de Brusque, onde ele estava hospedado. Com ele, estava um crachá com nome de João Carlos Ribeiro, uma máquina de cartão de crédito e 16 cartões em nome de terceiros.

Foi apurado que o denunciado estava associado a outras pessoas para aplicar os golpes, conforme ele mesmo informou, pois teve auxílio para aplicar os golpes através de ligação telefônica fraudulenta.

O réu foi condenado a 30 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, e 428 dias-multa por associação criminosa, já que outras pessoas estavam envolvidas no crime.

Ele tentou recurso para ser absolvido diante da insuficiência de provas para a condenação. O Ministério Público de Santa Catarina ofereceu contrarrazões recursais pelo conhecimento e desprovimento do reclamo.

Já a Procuradoria de Justiça Criminal, proveu parcialmente o reclamo, ao excluir o aumento decorrente da reincidência e dos maus antecedentes, além de reconhecer a confissão espontânea.

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