Homem é preso suspeito de colocar cinto de castidade em mulher
Antônio Carlos Lopes Pereira, 37 anos, foi detido na rodovia Ivo Silveira, em Brusque, quando caminhava na rua. Em sua casa a polícia encontrou uma arma
Na noite de sexta-feira, 10 de fevereiro, as Polícias Civil e Militar, em uma operação conjunta, cumpriram um mandado de prisão contra Antônio Carlos Lopes Pereira, de 37 anos, natural da cidade de Barracão, Paraná.
Pereira é suspeito de ter colocado uma espécie de cinto de castidade em sua ex-companheira, de 31 anos, que não teve o seu nome divulgado.
Ele foi detido às margens da rodovia Ivo Silveira, próximo ao Catarina Shopping. Em sua casa, a Polícia também encontrou um revólver calibre 32 e munições.
Segundo a mulher, Pereira havia cometido o crime em 16 de dezembro de 2011. Porém, a decisão de procurar a polícia aconteceu somente agora pois, além de torturá-la, ele ameaçava de matar a mulher e seus filhos, que são de outro relacionamento.
Pereira e a vítima moravam juntos desde abril do ano passado. Porém, em junho, devido à frequentes agressões, a mulher se separou de Pereira. Posteriormente, eles reataram e se separaram outras vezes.
Segundo consta no Boletim de Ocorrência feito na Delegacia de Polícia em 16 de dezembro, a mulher foi levada para um matagal próximo a casa onde moravam e, no local, Pereira a ameaçou com uma arma na ocasião em que colocou os arames nas partes íntimas da vítima.
No período entre dezembro e fevereiro, Pereira forçava a mulher a ter relações sexuais com ele. Depois do ato consumado, o cinto de castidade era recolocado e novas ameaças de morte eram feitas.
Somente na última semana, a vítima contou aos seus pais o que estava acontecendo e eles a aconselharam a procurar ajuda da Polícia.
Assim que ela denunciou o fato, a Justiça pediu imediatamente a prisão preventiva de Pereira. Ele foi ouvido pelo delegado Ismael Gustavo Jacobus durante a madrugada de sábado, 11, e encaminhado para a Unidade Prisional Avançada de Brusque (UPA).
De acordo com delegado, um inquérito será instaurado para apurar os supostos crimes de ameaça, agressão corporal e estupro.
– Não vou poder enquadrá-lo no crime de tortura, pois este tipo de crime tem conceitos bem definidos e o que aconteceu não está bem dentro disso – explicou.
Além disso, Pereira vai responder por porte ilegal de arma.
* Texto atualizado às 15h34 de segunda-feira, 13.