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Homem espera 12 horas para ser atendido no Hospital Azambuja

Ele chegou ao hospital 16h15 e foi atendido às 4 da manhã do outro dia

Homem espera 12 horas para ser atendido no Hospital Azambuja

Ele chegou ao hospital 16h15 e foi atendido às 4 da manhã do outro dia

Um paciente esperou cerca de 12 horas para ser atendido no pronto-socorro do Hospital Azambuja, na semana passada. O caso foi relatado pela esposa do dele, que procurou o jornal O Município.

Margarida Back Leão conta que na quarta-feira, 29, o marido, Menézio Leão, 59 anos, estava com dores muito fortes na coluna. Eles procuraram a unidade de saúde do bairro Paquetá, porém, não conseguiram ser atendidos.

“Chegamos no posto era 15h50. Ele não foi atendido porque não tinha mais médico, então como ele estava com muita dor, disseram para ir até o Hospital Azambuja”, diz.

Eles chegaram no hospital por volta de 16h15. Lá, foi feita a ficha de atendimento e a triagem. Menézio recebeu a pulseira azul, fornecida para casos não urgentes, e esperou até pouco mais de 4 da manhã do dia 30 de janeiro, quando finalmente recebeu atendimento.

“Naquele dia não tinha muita gente no pronto-socorro. Nós entendemos que primeiro são atendidas as emergências, mas deixar a pessoa 12 horas esperando, com dor, é demais. Teve gente que foi embora sem atendimento. Meu marido estava com muita dor e ficou esperando. Já precisamos esperar atendimento outras vezes, mas nunca tanto tempo”, reclama.

Margarida diz que o hospital deveria ter um médico para atender somente o pronto-socorro, evitando que os pacientes esperem tanto tempo por atendimento. “As pessoas que pagavam particular eram atendidas, mas quem não pode pagar fica esperando. Se tem tanta emergência, deveria ter mais médicos, ninguém merece ficar tanto tempo esperando para ser atendido”, diz.

O que diz o hospital

À reportagem de O Município, o administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, disse que pacientes que recebem pulseira azul ou amarela na triagem são os últimos a receberem atendimento, já que a prioridade é para casos graves e urgentes.

De acordo com ele, o problema começou na unidade de saúde do bairro, que não conseguiu dar o atendimento necessário ao paciente. “O quadro do paciente não precisaria ter vindo até o pronto-socorro. O próprio médico do posto de saúde, se tivesse em atendimento, poderia ter resolvido”.

Roza diz que o hospital sabe da dificuldade de esperar tanto tempo pelo atendimento, mas precisa respeitar as prioridades. “Sabemos que é ruim. A gente não discute isso, mas precisamos ter suporte das unidades de saúde, as pessoas também precisam se acostumar a procurar o Hospital Dom Joaquim  para casos que não são urgentes. Assim, evita todo esse transtorno.Fazemos o que podemos, dentro das nossas possibilidades”.

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