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Homem que matou jovem em Blumenau também a estuprou; ele já havia cometido mesmo crime em Joinville

Mais informações de como foi o crime foram divulgadas nesta quinta-feira

A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC), prendeu na manhã desta quinta-feira, 21, o homem que matou Fernanda Aline Reinard, de 25 anos. Após a prisão, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa, na qual divulgou mais informações sobre a investigação.

Durante a coletiva, o delegado Ronnie explicou que logo que a Polícia Civil tomou conhecimento do caso, já iniciou as investigações. Fernanda morava num complexo com seis kitnets.

Para iniciar as investigações, os policias pegaram imagens de câmeras de locais próximos à casa de Fernanda. Dessa forma, foi possível identificar que o homem suspeito morava em uma das kitnets e era vizinho da vítima.

Após identificar quem era o homem, foi descoberto que ele já havia cometido um crime em Joinville, em 2021, contra uma mulher, também de 25 anos. Ainda conforme as informações da Polícia Civil, a forma como o homem havia matado a mulher, foi muito próximo ao modo como ele matou Fernanda.

Investigação e depoimentos

Na quarta-feira, 20, os policiais foram até o complexo de kitnets para conversar com os moradores, e conversaram com o homem que cometeu o crime. Durante o relato, ele contou para os policiais, que havia ouvido gritos de socorro, mas que achava que a vítima estava tendo relações com o namorado, então não fez nada.

Durante a investigação, os policiais perceberam que a TV da vítima havia sido furtada, então pediram por um mandado de busca e apreensão. Enquanto estavam na casa do homem, investigaram a TV dele e viram que o login do aparelho ainda estava no nome de Fernanda. O homem ainda afirmou que havia comprado a TV há cerca de três meses, mas na delegacia, ele acabou confessando o crime.

Dia do crime

Conforme a investigação, Fernanda se mudou para a kitnet na manhã de sábado, 9 de março. Ela ficou pouco tempo no local, não conversou direito com os vizinhos, apenas um oi rápido. Em seguida, ela tinha uma confraternização com os amigos do local onde trabalhava, então só voltou para casa de madrugada.

“O homem afirmou que viu Fernanda chegando em casa por volta das 2h, e que por volta das 4h30, ele decidiu que iria até a casa da vítima. Segundo o apurado, ele até mandou mensagens para uma mulher, por meio de mensagens no celular, dizendo que iria até a casa da nova vizinha e iria abusar dela. Ele ainda pediu, que caso ele fosse preso, que ela avisasse a família e acionasse um advogado. Até o momento, essa mulher não foi investigada, pois não deu nenhum apoio ao homem, mas não é descartado nada”, conta o delegado.

Ainda, como a investigação mostrou, por volta das 4h40, ele foi até a casa de Fernanda, e entra pela janela. As câmeras dos vizinhos, embora não mostrassem a casa da vítima, ela capta som e mostrou o momento que luzes da parte externa acenderam. Por meio da câmera, foi possível ouvir gritos de socorro de Fernanda.

O homem chegou a confirmar a ação. Segundo o relato, ele entrou na casa de Fernanda pela janela, e trancou a porta da frente. No momento que entrou na casa, a vítima estava dormindo.

Apesar da morte ter sido confirmada por asfixia, com um cabo de energia, o homem também feriu Fernanda com quatro facadas na região do pescoço e ombros, além de ter estuprado ela. Ainda conforme o relato dele, ela tentou resistir aos ataques.

No relato, o homem ainda contou que após o crime, como estava ensanguentado, ele tomou banho no banheiro de Fernanda, pegou o aparelho da TV e voltou para casa. Conforme o delegado, as investigações confirmaram que o homem é o culpado da morte de Fernanda.

Ainda conforme a investigação, o homem tem 28 anos e é natural do Paraná, e morava em Santa Catarina há cerca de dois anos. Ele tinha uma medida cautelar, por conta do crime em Joinville, e algumas medidas para cumprir, que não estava cumprindo. Além disso, ele trabalhava em uma empresa da região.

O caso

Fernanda Aline Reinard, de 25 anos, foi encontrada morta dentro de casa no dia 9 de março por um colega de trabalho na rua Henrique Griebel, no bairro Itoupava Central. Inicialmente, os investigadores não confirmaram que se tratava de um homicídio, por mais que tivessem indícios.

Segundo as informações da Polícia Militar, a vítima morava sozinha e não respondia mensagens de amigos ou familiares desde o dia 9, um sábado. Na segunda-feira, 11, quando ela não apareceu no trabalho, um colega foi até a casa para verificar se ela estava bem e encontrou o corpo da vítima, acionando os policiais em seguida.

Até então, os investigadores não haviam confirmado que a morte dela se tratava de um homicídio. Agora com a prisão do homem, nesta quinta-feira, e com as investigações, foi comprovado que a mulher foi morta.

A identidade do autor e a motivação do crime ainda não foram detalhadas.

*Colaborou Marlos Glatz e Víctor Guerreiro

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