Homens e usuários de drogas: conheça as semelhanças no perfil dos criminosos que cometem furtos em Brusque
Dados reunidos pela Polícia Civil foram apresentados ao jornal O Município
Moradores e comerciantes do município de Brusque têm reclamado do aumento da criminalidade em diversos bairros nos últimos anos. No período, várias residências e estabelecimentos foram furtados e danificados. O problema, investigado com frequência pela Polícia Civil, apresenta alguns dados interessantes quando se trata do perfil dos criminosos.
Segundo o delegado Fernando Farias, que atua na Divisão de Furtos e Roubos, as estatísticas mostram que praticamente todos os autores de crimes de furto em série praticam o delito para sustentar o vício por drogas.
“Além disso, também fica claro que poucas pessoas são responsáveis por muitos crimes. A maioria são homens com mais de 30 anos,” complementa.
Questionado sobre o local onde os criminosos costumam realizar furtos, o delegado explica que geralmente procuram estabelecimentos comerciais de pequeno e médio porte, com vulnerabilidades de segurança em portas e janelas.
“Em relação aos comércios, os furtos ocorrem, em sua maioria, no período noturno e/ou madrugada. A mesma regra é válida para os prédios e condomínios,” complementou.
Delegado regional, Fernando de Faveri explica o motivo pelo qual os homens cometem a maioria desses delitos. Segundo ele, isso é comum no sistema carcerário em qualquer município do país ou do mundo.
“No geral, é possível apontar fatores sociais e culturais para tanto, sem excluir, por evidente, recortes biológicos. Por exemplo, os jovens integram subculturas (ou “tribos”) para sua integração em seus grupos comunitários e, no geral, os homens fazem parte de grupos diferentes daqueles das quais as mulheres participam, com mais predominância da força física e dominância, o que pode explicar não apenas o seu maior protagonismo nos crimes patrimoniais mas também nas violências contra as pessoas,” diz Fernando.
Taxa de crimes x taxa de criminalização
Ainda segundo o delegado, não se pode confundir a taxa de crimes com a taxa de criminalização.
“Nem todos que cometem crimes são pegos pelo sistema penal, de modo que sempre haverá uma cifra oculta, vale dizer, um número de delitos que não entram nas estatísticas policiais e que deve despertar cautela nas explicações criminológicas,” conclui.
De acordo com os dados apurados, a maioria dos criminosos não está em situação de rua. Este dado afasta, pelo menos quando se fala em estatísticas, a tese de que as pessoas em situação de rua praticam furtos como esses com frequência.
Confira a tabela:
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