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Hospitais de Brusque têm aumento na procura por atendimento a sintomas respiratórios

Parte significativa dos pacientes vai aos locais antes de passar pelo Centro de Triagem

Os hospitais de Brusque têm registrado um aumento significativo na procura por atendimento a pessoas que apresentam sintomas respiratórios. Desde novembro, o movimento dos hospitais Azambuja, Dom Joaquim e Imigrantes têm crescido junto com a alta nos casos de Covid-19. Em boa parte das situações, os pacientes têm ido aos locais antes de buscarem o Centro de Triagem instalado no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof.

No Hospital Azambuja, a procura tem aumentado a partir da segunda semana de novembro, de acordo com o coordenador do Pronto-socorro e Gerente Médico, Rafael Franceschetto. “A mais prevalência é de sexta-feira, 13, para cá, sendo que segunda-feira sempre é o dia mais caótico”, comenta.

As orientações mais comuns são a pacientes com sintomas leves, que são encaminhados ao Centro de Triagem. Pacientes em condições mais preocupantes são submetidos a exames de imagem e laboratório, dependendo das situações.

“Em torno 50% a 60% dos pacientes procuraram o Centro de Triagem antes de vir ao Pronto-socorro. Aumentamos nossa capacidade de atendimento pelo espaço físico que foi reformado, pelos equipamentos que nos foram fornecidos, então estamos conseguindo acolher a todos os pacientes de urgência e emergência com qualidade e respeitando o protocolo necessário”, avalia Franceschetto.

O administrador do Hospital Dom Joaquim, Raul Civinski, afirma que a quantidade de pacientes com sintomas respiratórios procurando atendimento no local aumentou consideravelmente nas duas primeiras semanas de novembro. As orientações repassadas a estas pessoas variam de acordo com cada caso e de acordo com cada médico que presta o atendimento.

“Há quem seja submetido ao teste rápido [para Covid-19], ainda temos algumas unidades, estão acabando. Se por um acaso houver necessidade, sentida pelo médico ou pelo paciente, aí há o encaminhamento ao Centro de Triagem”, comenta.

Com o maior movimento, a espera para atendimento tem aumentado no hospital durante os últimos dias. Civinski afirma que houve um contato com a Secretaria de Saúde para que seja adicionado mais um médico para atender nos horários de pico. Como exemplo, ele cita segunda-feira, 16, quando um único profissional realizou 150 consultas entre 7h e 22h. “Se for fazer uma média, dá um número brutal de atendimentos.”

Há pacientes que chegam em estado bastante debilitado, com fortes suspeitas de Covid-19 ou diagnóstico positivo por meio dos testes rápidos. Normalmente, estes são encaminhados ao Centro de Triagem, no protocolo da Secretaria de Saúde.

A impressão de Civinski é que a procura por atendimento está superando os níveis vistos nos picos entre abril e agosto.

“Nos assustou [o aumento da procura] num primeiro momento. Hoje estamos num momento em que o médico sai todo dia cansado. Parece um patamar superior [de procura], que há mais pessoas com sintomas respiratórios procurando atendimento do que antes. Parece que veio meio do nada. De duas semanas em diante, deu um ‘boom’ muito grande, muito grande mesmo.”

No Hospital Imigrantes, eram, em média, 40 pacientes com sintomas respiratórios atendidos diariamente em outubro. Em novembro, a média pulou para 70. A maioria consiste em sintomas leves a moderados, e há poucas internações no local. O tempo médio de espera para atendimento tem sido entre 2h30 e 3h.

“Nossa maior dificuldade hoje tem sido conseguir médicos para fazer escala de reforço.
Conseguimos essa semana em alguns horários, mas ainda estamos buscando fechar a escala para dois médicos durante o dia”, comenta Fernanda.

A maior parte dos pacientes com sintomas respiratórios no Hospital Imigrantes busca orientações sobre os sintomas e diagnósticos.


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