Hospitais de Brusque registram disparada de atendimentos a pacientes com sintomas respiratórios
Unidades registraram volume incomum no primeiro dia útil do ano, nesta segunda-feira, 3
Apesar da diminuição dos casos de Covid-19 nos últimos meses, os hospitais de Brusque registraram um grande aumento no número de atendimentos de emergência nas últimas semanas. A maioria dos casos é de pessoas que apresentam sintomas relacionados a doenças respiratórias.
Segundo dados repassados pela assessoria, o Hospital Azambuja não tem nenhum paciente internado por Covid-19 atualmente, seja em UTI ou enfermaria.
Só no mês de dezembro, porém, foram realizados 253 atendimentos de pacientes adultos e 77 atendimentos pediátricos por sintomas respiratórios.
Há três pessoas internadas com suspeita de H3N2, aguardando resultados dos exames. O exame para detectar essa variante da Influenza só é feito nos casos de pacientes internados.
Perto do recorde
Nas últimas duas semanas, o Hospital Azambuja vem registrando aumento no número de atendimentos por sintomas respiratórios – foram 198 adultos e 45 crianças atendidos nesse período com esses problemas.
Nesta segunda-feira, 3, pacientes relataram espera de quase 7 horas para atendimento no Azambuja. Segundo a assessoria, o hospital realizou, no primeiro dia útil do ano, 530 atendimentos no pronto-socorro e ambulatório – muitos deles com sintomas gripais -, um dos recordes em 24 horas.
Além disso, chegaram 52 ambulâncias – pessoas que deram entrada no hospital com risco de morte -, o que movimenta todo o pronto-socorro, que direciona seus atendimentos para estes casos. Dentro de urgências e emergências, que são atendimentos mais demorados, foram atendidas 115 pessoas.
“Procura imensa”
Gerente de Enfermagem do hospital Dom Joaquim, Vera Lucia Civinski relata que a procura está imensa e que foram realizados cerca de 300 atendimentos de emergência nesta segunda-feira, 3. Cerca de 70% dos pacientes apresentaram sintomas respiratórios.
Vera relata que o governo estadual liberou apenas testes de Influenza para pacientes graves, mas o hospital atendeu, por enquanto, apenas casos leves e moderados.
“O hospital tem dois médicos de plantão por horário. O procedimento depende dos sintomas e do histórico do paciente. Existe uma grande parcela das pessoas que têm sintomas muito parecidos. Para alguns, o médico solicita um teste de Covid-19. Se der negativo, tratamos como Influenza”, explica.
Volume grande, mas casos brandos
Em seis dias, o aumento no número de atendimentos de emergência no Hospital Imigrantes foi de 132%. Gerente de operações, Fernanda Rodrigues diz que a taxa de ocupação em leitos está baixa, porque os casos são brandos, mas destaca que o volume de atendimentos no pronto atendimento está “absurdo”.
“Já é tradicional que nosso volume de atendimento aumente no retorno do feriadão, mas ontem (segunda-feira, 3) foi realmente lotado. Toda segunda-feira temos reforço porque o aumento de volume é normal, mas, nos últimos tempos, não tivemos um tempo longo de espera como nesse dia”.
Segundo Fernanda, a maioria dos casos também são de pessoas que apresentam algum sintoma respiratório. Na segunda-feira, 3, o hospital registrou cerca de 1h30 de espera no pronto atendimento adulto, mesmo com dois médicos atendendo. Além disso, ela conta que o laboratório entregava o exame de PCR, que detecta Covid-19, em seis horas – agora o prazo é de 36, devido ao aumento drástico de testagem
A pediatria também teve número alto de atendimentos – crescimento de 75% nos últimos seis dias -, mas não o mesmo tempo de espera, explica Fernanda.
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