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Hospital Azambuja, de Brusque, suspende atendimento no pronto-socorro a partir desta terça-feira, 4 de junho

Principal motivo é a defasagem nos valores pagos pelo SUS

A partir desta terça-feira, 4 de junho, às 7h30, o Hospital Azambuja deixará de fazer atendimentos de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devido à falta de condições financeiras para manter os serviços. A instituição é referência em pronto atendimento público para Brusque e região e, segundo seus gestores, o “subfinanciamento” dos procedimentos ao longo dos anos levou o Azambuja a acumular uma dívida de mais de R$ 15 milhões.
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De acordo com a administração, desde 1996 não ocorre um aumento linear (de todos os procedimentos) na tabela dos serviços hospitalares. Isso resultou no achatamento dos valores recebidos pela instituição em relação aos custos reais dos serviços. Em alguns casos a defasagem chega a 200%.
“Na média, o custo por procedimento na Urgência-Emergência é de R$ 44,00 e o município propôs nos pagar R$ 15,68. Por uma diária de UTI, que custa para nós R$ 1.200,00, recebemos R$ 410,00. Como poderemos manter um paciente com esta diferença”, justifica o administrador Hilário Borchardt.
A diferença de tabela, que Borchardt caracteriza como “subfinanciamento”, levou a uma dívida acumulada de R$ 15 milhões e que agora, segundo ele, se tornou insustentável. “Temos tentado administrar as diferenças, mas não dá mais para manter o hospital. Precisamos reajustar salários a cada ano, os remédios têm aumentos regulares e os nossos custos sobrem, mas a tabela não acompanha esta frequência”, diz Ilário.
> Saiba mais na edição impressa do Jornal Município Dia a Dia desta terça-feira, 4 de junho.