Na semana passada, uma equipe das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc) foi ao Hospital Azambuja – Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux – para verificar com a diretoria uma saída para a dívida de R$ 2,5 milhões, acumulada em mais de três anos. O hospital brusquense, que vem sofrendo com a falta de recursos, deixou claro que, no momento, não tem condições para quitar a dívida ou mesmo parcelar os valores.
Cortar a energia elétrica da casa de saúde seria uma possibilidade, já que é um procedimento normal com todos os consumidores quando há falta de pagamento. Porém, de acordo com o porta-voz do hospital para o assunto, o advogado Juarez Piva, a equipe da Celesc já foi até a casa de saúde com a intenção de fazer um acordo para o pagamento, visto que o hospital não poderia ficar sem energia elétrica, pois senão, pararia o atendimento. A assessoria de Comunicação da Celesc informa que, nesses casos, a ordem é “negociar o quanto for possível, para evitar a suspensão de fornecimento”.
De acordo com Piva, o hospital reconhece a dívida e quer cumprir com os pagamentos. “No primeiro momento, a Celesc vai aguardar que o Hospital receba recursos e possa cumprir com a dívida. E a Celesc ainda se comprometeu a estudar os valores atrasados e talvez cobrar as taxas com o desconto que houve neste ano, ou seja, valores novos, o que poderia baixar a dívida para cerca de R$ 1,2 milhão”, informa Piva.
Segundo o advogado, o administrador do Hospital, Padre Nélio Roberto Schwanke, teve que escolher entre o pagamento dos impostos e o atendimento do pronto-socorro, que foi priorizado, e agora ele está sendo processado pela Justiça Federal por causa dessa escolha.