Hospital Azambuja implanta Sistema de Rastreabilidade de Esterilização; saiba como funciona
Otimização das informações contribuirá com trabalho desenvolvido pelo Sciras na instituição
Otimização das informações contribuirá com trabalho desenvolvido pelo Sciras na instituição
O Serviço de Controle de Infecção Relacionado à Assistência à Saúde (Sciras) do Hospital Azambuja implantará neste mês um Sistema de Rastreabilidade de Esterilização. Através desse sistema, a Central de Material e Esterilização do Centro Cirúrgico do hospital fará um controle ainda maior de todo material encaminhado às cirurgias e outros procedimentos realizados nos demais setores da instituição.
De acordo com a enfermeira especialista em controle de infecção e coordenadora do Sciras, Fabiana Tedesco Schirmer, com a implantação do sistema de rastreabilidade, todas as informações desses materiais estarão em uma plataforma própria, o que tornará a coleta de dados e a própria análise por parte do Serviço de Controle, mais otimizada. “Será um processo todo informatizado, com todas as informações que poderemos rastrear e, com isso, eliminar algumas etapas físicas de pesquisa de todo o processo de controle de infecções”, revela.
O Sciras do Hospital Azambuja é um serviço técnico, formado por Fabiana, pelo médico infectologista, Ricardo Alexandre Freitas, e por uma comissão que conta com mais dez profissionais da instituição, como representantes da farmácia, laboratório, UTI, Centro Cirúrgico, gerência de enfermagem e coordenadores de demais setores.
Através do Sciras são feitos diversos trabalhos, como a compilação de dados e toda vigilância, com visitas diárias à UTI, onde são realizados os controles de dispositivos invasivos, além de monitoramentos dos isolamentos, análise de culturas, análise de óbitos, etc. “Também fazemos análise da questão cirúrgica, com controle de pacientes que fazem uso de antibióticos e monitoramos o consumo de materiais, com o controle de higienização de mãos de todos os setores do hospital e o cálculo da utilização de álcool gel por parte das equipes, seguindo e superando o que preconiza a Anvisa: no mínimo 20 mililitros de álcool por paciente/dia. É um trabalho diário e que conta com encontros e palestras de educação continuada com os profissionais”, revela Fabiana.
Como o serviço é responsável por identificar a origem de possíveis infecções hospitalares, as informações de cada etapa do paciente no hospital e todos os materiais e procedimentos utilizados em seu tratamento são importantes e logo, são analisadas rotineiramente.
O Sistema de Rastreabilidade de Esterilização se tornará um grande aliado do Sciras, como avalia o enfermeiro coordenador do Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização, Altair Santos Hahn. “Nós já fazemos o controle de todo o processo de esterilização dos materiais, mas queremos que ele fique mais otimizado e moderno. Através do sistema saberemos todas essas informações, quem fez cada etapa, o tipo de esterilização e sua validade, quando foi utilizado o material, por qual equipe, para qual procedimento e paciente. É como se fosse uma gestão daquele material esterilizado”, ressalta.
A gerente assistencial do Hospital Azambuja, Irmã Olinda Antônio Costa enfatiza que o objetivo da instituição é crescer com qualidade, por isso os investimentos constantes em melhorias no atendimento. “Quando se fala em Central de Material e Centro Cirúrgico eles representam o coração do hospital, já que todos os procedimentos realizados nos demais setores e que necessitam de material esterilizado, passam por ali. Por isso nossa constante preocupação em buscar a otimização das informações através desse novo sistema, para garantir uma qualidade ainda maior no atendimento aos nossos pacientes”.
O novo sistema de rastreabilidade está em fase de implantação com o treinamento dos profissionais que o alimentarão com as informações. O enfermeiro Hahn estima que em 15 dias o sistema esteja operando em sua totalidade.