Hospital Azambuja realiza técnica anestesiológica com benefícios aos pacientes
Técnica de bloqueio de plexo guiado por ultrassom é realizada há cinco anos pelos profissionais que atuam na instituição
Técnica de bloqueio de plexo guiado por ultrassom é realizada há cinco anos pelos profissionais que atuam na instituição
Uma técnica de anestesia, chamada bloqueio de plexo guiado por ultrassom, proporciona maior conforto aos pacientes que realizam cirurgias eletivas ou emergenciais no Hospital Azambuja.
A instituição recebe diariamente diversos pacientes de Brusque e região, para realização de procedimentos cirúrgicos. Os médicos anestesiologistas que dominam a técnica do bloqueio de plexo, analisam cada situação e a aplicação.
De acordo com o médico anestesiologista, Marcelo Kamimoto Eckmann Helene, há pelo menos cinco anos o procedimento é realizado no hospital.
“A técnica consiste em utilizar um aparelho de ultrassom, para realizar uma anestesia guiada. Este aparelho vai gerar uma imagem e a partir disso realizamos o agulhamento instantâneo. Conseguimos ver o local exato onde está a agulha e as estruturas em volta. O diferencial é poder visualizar a agulha em tempo real, vermos a solução do medicamento sendo disperso no local preciso”, explica o médico.
O médico enfatiza que o primeiro relato de bloqueio de plexo data de 1978. Porém, nos últimos 10 anos a técnica tem sido mais estudada, como também os próprios aparelhos de ultrassom, que ficaram mais portáteis e com uma resolução de imagem superior.
“O bloqueio de plexo serve como uma alternativa inclusive terapêutica e pode ser usada em diversos tipos de cirurgia (ortopédicas, abdominais, torácicas, etc). Além disso, gera um conforto para o paciente, pois quando injetamos o anestésico, ele dura por bastante tempo, de 12 até 24 horas, sem dor”, destaca.
Na avaliação do médico ortopedista e traumatologista e especialista em cirurgia da mão, Henrique Soares de Figueiredo, esta técnica anestésica é extremamente confortante e uma grande aliada do cirurgião.
“Para mim, que sou cirurgião da mão, e que utilizo muito dessa técnica anestésica, é bom contar com esse aparato e o conhecimento dos colegas anestesiologistas, pois sei que meus pacientes terão uma analgesia muito prolongada no pós-operatório, além de ser muito mais seguro” ressalta.
No caso das cirurgias de emergência, o médico anestesista Eliel Crema classifica a técnica como uma verdadeira arma terapêutica para os pacientes que chegam ao hospital, com fraturas diversas.
“O bloqueio de plexo nos permite ofertar anestesia adequada a cada caso, sem a necessidade de manipulação das vias aéreas do paciente com estômago cheio. Isso o torna uma ferramenta valiosa no atendimento de pacientes emergenciais atendidos pelo Hospital Azambuja que não raro necessitam de intervenções cirúrgicas sem o de jejum adequado”, esclarece.
Segundo Dr. Kamimoto, no contexto da Covid-19, a anestesia regional é uma indicação excelente. Gera menos aerossóis, reduz o consumo de anestésicos, menor risco de complicações pulmonares, além de maior proteção aos profissionais de saúde.