Hospital Azambuja reduzirá salários e jornada de pelo menos 90% dos funcionários
Redução será de 25%; outros 35 colaboradores, que estão em contrato de experiência, serão demitidos
Redução será de 25%; outros 35 colaboradores, que estão em contrato de experiência, serão demitidos
O Hospital Azambuja fará uma redução de 25% dos salários de pelo menos 90% dos colaboradores, por causa da pandemia do coronavírus. O administrador do hospital, Evandro Roza, explica que a ideia de utilizar a opção que o governo federal apresentou foi a saída encontrada para lidar com a queda de faturamento.
“O hospital não deixa de ser uma empresa, apesar da particularidade de atender 24 horas por dia, está sendo uma situação muito difícil também para nós, que atinge a questão financeira, com queda de receitas”, diz.
Segundo Roza, no hospital a uma redução de 25% nos salários de 90% dos colaboradores já está confirmada, enquanto a situação dos outros 10%, que atuam em áreas críticas, como UTI e Pronto Socorro, está sendo avaliada. “Acredito que a redução será acima de 90%”, admite.
Além disso, 35 profissionais que estão no contrato de experiência serão desligados.
Roza afirma que esta foi uma decisão difícil a ser tomada, principalmente porque afeta a logística das escalas do hospital.
“Com a redução de 25% dos salários, os colaboradores têm direito de redução de jornada respectiva, logo, quem tem uma escala de 12 horas, por exemplo, terá uma redução de três horas de trabalho”, explica.
O administrador reforça que o hospital não queria tomar este tipo de decisão, mas que ela foi necessária pela redução da receita.
“Estamos fazendo todo este reescalonamento junto à equipe da gerência, mas é um momento muito triste para nós, esses profissionais estão na linha de frente, atendendo as pessoas, preparados para o atendimento aos casos de Covid-19, mas infelizmente não temos nenhum tipo de apoio financeiro da sociedade civil ou dos próprios governantes, seja do Estado, da União ou do município”, conta.
Até agora, Roza afirma que nenhum incremento financeiro vindo do governo federal, medida que foi anunciada pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL).
Como empresa, o Hospital Azambuja então decidiu tomar estas decisões para conseguir manter a folha de pagamento em dia.
“Tivemos que tomar esta medida porque o futuro é incerto também. As pessoas não estão procurando o hospital, perdemos muita receita proveniente de convênios e particulares e vivemos esta triste realidade de ter que desligar colaboradores”.