Hospital Azambuja se manifesta após reclamação de falta de atendimento a criança por clínico geral
Pediatra que atende na unidade estava indisponível, devido a uma emergência
Uma mãe buscou atendimento da filha nesta quarta-feira, 27, no Hospital Azambuja. Ela alega que passou boa parte da manhã no local e não foi atendida. Além disso, afirma que adultos estavam passando na frente de crianças. A reclamação principal é que havia um clínico geral na unidade, mas foi informada de que este estava atendendo apenas adultos.
Maiara Sapelli, a mãe da criança, relata que a filha de um ano passou a madrugada vomitando, por isso buscou atendimento no hospital. Quando questionou o motivo da demora, informaram que havia um clínico geral e um pediatra atuando. Entretanto, o pediatra estaria em atendimento a um bebê que precisou ser intubado.
Sendo assim, apenas o clínico geral estava atendendo no período em que a mãe e a filha estavam no hospital. Maiara afirma que adultos que chegaram depois foram atendidos antes que a filha e outras crianças. “Quando perguntei para o responsável por que o clínico geral não poderia atender [as crianças], ele disse ‘porque não’. Isso me indignou demais”, comenta.
Irritada, a mãe gravou um vídeo de uma conversa com um funcionário do hospital. Às 11h20, deixou o local e procurou atendimento particular para tratar a saúde da filha. Ela alega que pretende registrar um boletim de ocorrência na delegacia.
“Temos uma negligência com todas as mães que estavam com as crianças buscando atendimento. Eu saí de lá às 11h20, sem o atendimento. Achei um absurdo terem um médico atendendo e negar o atendimento para as crianças”, diz.
O que diz o Hospital Azambuja
Procurado pela reportagem de O Município, o Hospital Azambuja afirma que atende em alta demanda nas últimas semanas e comentou o atendimento de emergência do bebê recém-nascido que gerou atenção do pediatra.
O hospital ressalta que a triagem do atendimento é baseada no Protocolo de Manchester, método de triagem de pacientes classificados em cores conforme gravidade dos casos. O hospital ressalta que a fila da pediatria é separada do atendimento dos adultos.
Confira a nota na íntegra:
O Hospital Azambuja tem tido uma alta demanda de atendimentos nas últimas semanas. Em média, 600 pessoas têm sido atendidas no Pronto Socorro e Ambulatório do Azambuja, sendo consultas de pediatria e clínica geral.
Tivemos o atendimento de Emergência de um bebê recém-nascido, paciente do Hospital Dom Joaquim que estava em transferência para o Hospital Santo Antônio, e teve uma intercorrência no caminho, sendo conduzido ao Azambuja pelo Samu. Nosso médico pediatra ficou envolvido neste caso.
Ressaltamos que a fila para atendimento na Pediatria é separada dos atendimentos de clínica geral.
Além disso, informamos que a instituição segue o Protocolo de Manchester, um método para triagem de pacientes logo após sua chegada na unidade, que são classificados por cores conforme a gravidade de cada caso.
VERMELHO: EMERGÊNCIA
É destinada aos pacientes que se encontram em estado gravíssimo e com risco de morte, os quais necessitam de atendimento imediato, como quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, problemas respiratórios, dor no peito relacionada à falta de ar, crises de convulsão, trauma cranioencefálico, tentativa de suicídio, parada cardiorrespiratória, hemorragias incontroláveis, entre outros.
LARANJA: MUITO URGENTE
Essa cor é para casos considerados muito urgentes e com risco significativo de morte. O tempo de espera aproximado é de até 10 minutos. Abrange casos, como arritmia cardíaca sem apresentação de sinais de instabilidade, cefaleia intensa com rápida progressão, dores severas, etc.
AMARELO: URGENTE
Abrange os casos urgentes de gravidade moderada com necessidade de atendimento médico, mas sem riscos imediatos. O tempo médio de espera é de até 60 minutos e classifica casos, como desmaios, dor moderada, vômito intenso, crises de pânico, hemorragia moderada, picos de hipertensão, alteração dos sinais vitais, entre outros quadros clínicos.
VERDE: POUCO URGENTE
A cor verde é para casos considerados menos graves. O tempo de espera pode ser de até 2 horas e abrange pacientes com dores leves, torcicolo, enxaqueca, estado febril sem a presença de alterações vitais, resfriados e viroses, náuseas e tonturas, hemorragia controlada, asma não diagnosticada como quadro de crise, etc.
AZUL: NÃO URGENTE
Por fim, a cor azul representa a classificação mais simples para casos que o paciente pode aguardar atendimento ou ser encaminhado para outra unidade de saúde. O tempo de espera pode ser de até 4 horas e envolve pacientes com queixas de dores crônicas, aplicação de medicação com receita, troca de sondas, entre outros.
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