Planejar o nascimento do filho traz inúmeras dúvidas às famílias. Por isso, o Imigrantes Hospital e Maternidade de Brusque se preocupa em oferecer toda a infraestrutura necessária para proporcionar o nascimento humanizado, independente da via de parto: cesariana ou natural. Para a realização de partos naturais, além de desenvolver e capacitar os profissionais das equipes assistenciais, a maternidade disponibiliza uma suíte de parto, totalmente planejada para oferecer tranquilidade e segurança para a gestante.
“O ambiente é acolhedor e com bastante privacidade. Conta com banheiro individual, banheira de hidromassagem e jardim de inverno. É um local bem bonito e tranquilo. Além disso, a suíte conta com uma sala anexa, de onde o obstetra permanece o tempo todo acompanhando a evolução do trabalho de parto. Oferecendo assim, a privacidade que a paciente procura e a segurança que ela precisa no momento trazer o filho ao mundo”, detalha a gerente de operações do hospital, Fernanda Rodrigues.
O ginecologista e obstetra, Paulo Ricardo Soares dos Santos, explica que culturalmente o parto se tornou um evento médico, porém a partir dos estudos do médico francês Michel Odent observou-se que o parto é um evento natural da sexualidade feminina. “O corpo da mulher geneticamente foi programado para o parto, mas para realizá-lo ela precisa se sentir tranquila. Se tiver uma iluminação agressiva, muitas pessoas no cenário do parto e ela se sentir pressionada libera adrenalina e não consegue fazer o parto, que virou um evento hospitalar”, explica.
Por outro lado, o médico reforça que se a gestante se sente acolhida e confortável, ela libera oxitocina – o hormônio do amor. “No momento em que deixamos a mulher super a vontade ela pari sozinha. Também pode contar com a figura da doula, que sabe como diminuir a ansiedade e a dor das pacientes. Ela utiliza várias técnicas para deixar a mulher à vontade com uso de métodos não farmacológicos. Nós médicos atuamos apenas quando há algum risco, que estatisticamente é muito baixo”, ressalta.
O espaço amplo foi pensado minuciosamente para que as gestantes tivessem o conforto de casa e pudessem ser acolhidas.
Ionara Gervasone Spengler – doula e psicóloga
Protagonismo da mulher
A gerente administrativa Bianka Batista Bizarri Montibeller (30) é mãe de Aylla (4) e Allana (1). Ambas nasceram de parto natural humanizado. “Sempre pensei em ter um parto o mais natural possível, não que eu seja contra o parto cesáreo, mas sou a favor da informação, do respeito e da conscientização de estar lidando com uma mulher única, que terá seu bebê que também é único. Então conheci o “parto humanizado”, que não tem a ver com humanos, mas com o protagonismo da mulher, com suas escolhas e acolhimento. Um momento emocional, familiar e único. Me apaixonei pelo método e procurei profissionais que pensavam da mesma forma”, conta.
Bianka é uma das pacientes que já utilizou a suíte de parto do Hospital Imigrantes. “Desde que compreendi como os bebês vinham ao mundo, tive em minha cabeça que queria ter o parto mais natural possível, pois meu corpo foi feito/preparado para isso. O primeiro parto durou em média 8h e o segundo 3h”, recorda.
A fotógrafa de família Priscila Fernanda Flores (32) foi a responsável pelo registro do parto da pequena Allana. “O parto da Bianka foi a primeira oportunidade que tive de fotografar um parto natural humanizado A experiência foi linda, me emocionei muito e fazer parte desse momento”, destaca.
Priscila ressalta que se impressionou com a infraestrutura do Imigrantes. “Sobre o hospital, achei maravilhosa essa iniciativa. Sou muito a favor do parto humanizado tanto o natural como o Cesário. O respeito ao ser humano vem desde o nascimento. Toda mãe precisa de muito carinho pra colocar o futuro da nossa geração ao mundo”, avalia.
O corpo da mulher geneticamente foi programado para o parto, mas para realizá-lo ela precisa se sentir tranquila.
Dr. Paulo Ricardo Soares dos Santos – ginecologista e obstetra
Apoio feminino
Junto ao médico Paulo Ricardo Soares dos Santos, a doula e psicóloga Ionara Gervasone Spengler (44) contribuiu com sugestões para a construção da suíte de parto. Foi ela também que acompanhou o nascimento das duas bebês de Bianka.
“O espaço amplo foi pensado minuciosamente para que as gestantes tivessem o conforto de casa e pudessem ser acolhidas. O parto não é um procedimento, é uma experiência profunda da alma. É um momento de muita vulnerabilidade em que a necessidade básica da mulher é se sentir segura, não observada ou pressionada”, enfatiza.