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Hospital Imigrantes realiza procedimento ginecológico inédito em Brusque

Técnica consiste na remoção de mioma uterino por radiofrequência

O Imigrantes Hospital e Maternidade de Brusque, administrado pelo Instituto Maria Schmitt (Imas), foi palco para um procedimento inédito na cidade e realizado apenas duas vezes no estado. Trata-se de uma Ablação, ou seja, uma remoção, de Mioma Uterino por Radiofrequência.

O médico ginecologista e obstetra, doutor Darlei Dawton Colzani, que é também diretor clínico e chefe do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Imigrantes, foi um dos cirurgiões responsáveis pelos dois procedimentos, realizados no dia 29 de julho.

Além dele, também participaram os colegas de Blumenau, doutor Eduardo Cecchim e doutora Suzana Turra, sob preceptoria do Dr. Felipe Bassols, de Porto Alegre (RS).

A equipe já havia sido pioneira do procedimento em solo catarinense em maio, com outras duas cirurgias realizadas em Blumenau (SC).

Para a diretora Geral, Elisângela Scheidt Roncalio, desde que o Imas assumiu a gestão do Imigrantes no início deste ano, o hospital deu um salto em inovação, na qualidade do corpo clínico e em infraestrutura.

“O jeito Imas de fazer saúde é evidenciado a cada dia na nossa cidade, com um modelo de gestão inovador e um olhar atento para as pessoas. Esse procedimento inédito realizado no hospital vem para somar ao conjunto de ações implementadas a cada dia no Imigrantes, para oferecer o que há de melhor em saúde para Brusque e região”, destaca.

Técnica inovadora

Os miomas uterinos são nódulos benignos que acometem o útero das mulheres em fase reprodutiva, ainda de causa desconhecida, mas de forte caráter hereditário.

Podem passar despercebidos por anos, mas alguns, a depender de sua localização e tamanho, causam sintomas, como aumento do fluxo sanguíneo menstrual, dor pélvica, e em várias situações, infertilidade.

De acordo com o doutor Colzani, até recentemente, o único tratamento era a ablação cirúrgica dos miomas (que pode ser feita por cirurgia aberta, vídeo-laparoscópica ou robótica).

“A radiofrequência é um a energia já usada para a ablação de outros nódulos, como da tiróide e do fígado, por exemplo, e já vem sendo estudada em muitos países. Ela não retira o mioma, como nas cirurgias elencadas acima, mas sim faz um processo de “miólise”, ou seja, destruição das células musculares do mioma, como se “fritasse” o nódulo, fazendo com que o mesmo necrose e regrida de tamanho. A promessa de resultado é que essa redução seja em torno de 60% do volume do mioma, num período de seis meses”, detalha.

Cirurgia

O médico afirma que há indicações claras para o procedimento, sobretudo naquelas mulheres que queiram preservar o seu útero, principalmente para uma futura gravidez, e que não desejam passar por um procedimento cirúrgico.

“Portanto, não é uma técnica que veio para concorrer com as já existentes, mas sim para somar e aumentar nosso arsenal de opções oferecidas para as pacientes”, avalia.

Para doutor. Colzani, a grande vantagem do procedimento é de ser rápido (em torno de 30 minutos), sem cortes, realizado apenas com sedação da paciente.

“A agulha usada para se remover o mioma é introduzida no útero por acesso vaginal, guiada por ultra-sonografia transvaginal. Em três ou quatro horas, a mulher já é liberada para sua casa, apenas com analgésicos simples, e no máximo em uma semana volta à sua rotina normal”, conclui.

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