Hospital Imigrantes se manifesta sobre licitação do governo para contratação de leitos de UTI
Com capacidade “praticamente esgotada”, instituição não pretende participar do edital em um primeiro momento
Com capacidade “praticamente esgotada”, instituição não pretende participar do edital em um primeiro momento
O Hospital Imigrantes não cogita nesse momento participar da licitação do governo estadual para habilitar novos leitos de Unidade Tratamento Intensiva (UTI) de instituições particulares para tratamento da Covid-19.
De acordo com a gerente de operações, Fernanda Rodrigues, o hospital precisa primeiro aumentar a quantidade de leitos de UTI, que estão 100% ocupados. Segundo ela, a capacidade de atendimento do Imigrantes está praticamente esgotada e essa opção será avaliada quando tiverem garantia de suporte aos atendimentos.
“Estamos trabalhando diariamente para conseguir montar mais leitos e aí então cogitar oferecer esses leitos para quem quer que for. Um leito de UTI é feito, além de camas, respiradores, bombas de infusão, e equipamentos de hemodiálise, de equipe assistencial, fisioterapeutas e médicos. Não temos como oferecer leitos sem garantir o atendimento adequado aos pacientes”, explica.
O governo de Santa Catarina publicou no último dia 2 um edital de cotação de diárias de leitos de UTI na rede privada de hospitais. A ideia do Executivo é ampliar a oferta de leitos intensivos para a população de maneira rápida por conta da atual situação da pandemia no estado.
De acordo com o governador Carlos Moisés, o edital receberá as propostas dos hospitais privados e avaliará as condições. Na época, ele afirmou que existia uma “ampliação significativa dos leitos da rede pública”, mas que o estado precisava de “toda a estrutura disponível”.
O governo já havia publicado um chamamento público para a contratação de leitos privados no ano passado, mas havia um limite para as diárias de R$ 1,6 mil, o valor praticado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa maneira, o edital se encerrou no dia 31 de dezembro, sem interessados. Desta vez, os hospitais apresentam os valores que consideram viáveis. A expectativa do estado é que, dessa vez, haja o envolvimento da rede privada.
A procura por leitos na rede privada tem sido estudada como forma de reduzir a fila por internações no estado. O relatório divulgado pelo estado neste domingo releva que a fila se aproximava dos 400 pacientes.
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