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“Houve uma invasão da prefeitura”, diz prefeito Bóca Cunha

Ele concedeu entrevista coletiva na manhã de segunda-feira, 13

O prefeito de Brusque, José Luiz Cunha (PP), o Bóca, deu entrevista coletiva manhã de segunda-feira, 13, logo após reunião com o secretariado.

A segunda-feira foi movimentada no gabinete do prefeito devido ao imbróglio jurídico que ocorreu na sexta-feira, 10. Roberto Pedro Prudêncio Neto (PSD) assumiu o comando da Prefeitura de Brusque interinamente porque ele é o presidente da Câmara de Vereadores, ou seja, o primeiro na linha sucessória do prefeito.

Mas oficialmente só passaria a responder por Brusque na segunda pela manhã, uma vez que Bóca Cunha não havia sido notificado, portanto, não havia deixado de ser o prefeito, pelo menos no papel. Mas no domingo o Tribunal de Justiça derrubou a liminar da chapa de Prudêncio e Bóca continua na chefia do Executivo.

O fato mais marcante foi a entrada dos correligionários de Prudêncio Neto na prefeitura após o expediente. Após tensão com seguranças, Prudêncio Neto adentrou o gabinete e concedeu entrevista coletiva na cadeira de prefeito.

Para Bóca, a entrada no paço municipal sem a presença dele foi uma atitude “que faltou habilidade”. “O que houve foi uma invasão da prefeitura”, disse o prefeito. Logo em seguida, afirmou respeitar Prudêncio e que pretende ter uma boa relação com o Legislativo, apesar de todos estes problemas jurídicos.

Segundo informações do procurador-geral do município, Mário Mesquita, está sendo feito um levantamento nos locais onde as pessoas entraram na sexta-feira para verificar se não faltam documentos.

Sem novidades

Ao contrário do que se imaginava, a reunião de secretários não serviu para apresentar novos nomes. No encontro, o prefeito traçou o panorama do município e tranquilizou os seus auxiliares sobre a situação na Justiça.

Existe instabilidade jurídica porque os advogados da chapa de Prudêncio Neto e Danilo Rezini, PSD e PMDB, respectivamente, já disseram que entrarão com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina contra a candidatura de Bóca Cunha e do vice Rolf Kaestner.

Bóca Cunha reiterou o discurso de que este vaivém jurídico deve acabar para que a cidade possa voltar a caminhar.