Dados de Guabiruba e Botuverá também foram divulgados | Roberto Suguino/Agência Senado
IBGE aponta que 1,6% da população de Brusque possui autismo; homens são maioria na estatística
Número representa mais de 2 mil moradores da cidade
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Censo 2022 sobre o número da população autista no Brasil. Em Brusque, o levantamento aponta que 1,6% da população de Brusque possui diagnóstico do transtorno de espectro autista (TEA). Conforme o instituto, os homens são maioria na estatística.
A população de Brusque, segundo o Censo, é de mais de 141,3 mil pessoas. Portanto, são cerca de 2,2 mil pessoas com autismo no município.
Além de serem maioria, o número de homens diagnosticados com autismo é o dobro do de mulheres em Brusque: 1,1% das mulheres têm autismo, enquanto 2,1% dos homens são autistas.
Se considerarmos os dados por raça ou cor, pessoas de cor amarela são 3,7% da população da cidade com autismo.
Autismo em Guabiruba
No município de Guabiruba, os dados do IBGE a respeito do espectro do autismo na região apontam que a porcentagem de pessoas portadoras do transtorno é de 1,6%.
Trazendo os dados para o sexo, os homens representam o dobro do percentual de mulheres: 2,1% contra apenas 1%.
Analisando os números divulgados acerca da cor ou raça das pessoas com autismo no município, as informações são semelhantes. O número de pessoas pretas diagnosticadas com autismo em Guabiruba é de 1,3%, o de pessoas brancas, 1,5%, o maior percentual é o de pessoas pardas, com 1,8%.
Autismo em Botuverá
Já Botuverá possui o menor dos percentuais, 1,3% das pessoas possuem diagnóstico de autismo. Ao separamos os números para analisar o perfil dessas pessoas, no quesito sexo, a maioria é composta por homens: 1,7% têm o diagnóstico, enquanto as mulheres representam 0,9%.
Em relação à cor e à raça, há apenas duas classificações: brancos e pardos. Conforme os dados do IBGE, a porcentagem de pessoas pardas com autismo no município, 2,4%, representa o dobro de pessoas brancas com o espectro, 1,2%.
Políticas públicas para autistas
Conforme a presidente da Associação Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas (AMA) de Brusque e Região, Márcia Graf Faria, hoje a instituição possui convênio com a prefeitura através do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, mais de 250 crianças são atendidas com psicólogos, fonoaudiólogos e neurologistas. O convênio também contempla avaliações neuropsicológicas para diagnóstico.
Além do convênio com a prefeitura, a AMA atende também 47 crianças pelo projeto de estimulação precoce da Fundação Catarinense de Educação Especial.
Marcia menciona que apesar de a cidade estar no caminho certo, esse é apenas o “começo desse caminho”. Ela explica que é preciso ampliar a oferta e melhorar a estrutura da organização.
“Na AMA nós não damos alta para liberar a fila, apenas quando a criança está pronta para receber alta, o que acaba gerando uma grande fila de espera”. Aproximadamente 90 crianças ou adolescentes, encaminhados pelo SUS, aguardam algum tipo de atendimento pela AMA.
“Para aumentar os atendimentos, precisamos de um lugar maior, mais equipado, até para podermos trazer outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, por exemplo”, aponta. E completa mencionando que há necessidade de mais recursos para que seja possível oferecer terapia para os adultos, que procuram o sistema.
E finaliza dizendo que a organização também pensa na construção de moradias apoiadas, para que os autistas não fiquem desamparados quando não contarem mais com seus pais.
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