IBGE faz pesquisa sobre saúde e estilo de vida em Brusque
Pesquisa Nacional de Saúde está sendo realizada no município e visitas à população acontecem até o fim do ano
Pesquisa Nacional de Saúde está sendo realizada no município e visitas à população acontecem até o fim do ano
Agentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística (IBGE) realizam visitas à população de Brusque para a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O objetivo é levantar dados sobre a situação de saúde e os estilos de vida da população.
A pesquisa é promovida pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. Segundo o chefe da agência do IGBE de Brusque, Felipe Augusto Paiva, na cidade 60 residências vão ser visitadas.
“São dois entrevistadores, um homem e uma mulher. A questão do sexo é importante, porque dependendo da pergunta, ele interfere na resposta, como questões sobre sexo e violência”, explica.
As visitas ocorrem por setores, que são áreas existentes dentro de cada bairro, ou seja, não significa, por exemplo, que há um setor para cada bairro. Na cidade, os setores visitados são: Santa Rita; Limoeiro; Águas Claras; Rio Branco; Azambuja e Paquetá.
A ação começou em 26 de agosto e a previsão é que os dados sejam divulgados em 2021. Paiva explica que o foco é produzir informações e indicadores sobre várias áreas da saúde.
“A informação é importante para qualquer gestão, com isso o estado pode pensar no que fazer, como, onde e quando fazer. A pesquisa dá subsídios para pensar políticas públicas, em diversas áreas, ela é extremamente abrangente”, conta.
Em Santa Catarina, 116 cidades vão receber visitas de 60 agentes, a estimativa é que passem por mais de 4,2 mil residências no estado. De acordo com Paiva, em Brusque, a coleta está prevista até o fim de dezembro, com a possibilidade de prolongamento.
Dentre as cidades escolhidas, também estão São João Batista, onde serão visitados 36 domicílios, e Tijucas, 12 domicílios. Porém, segundo ele, somente na etapa final da pesquisa, entre novembro e dezembro, os agentes visitam estes municípios.
Feita de cinco em cinco anos, a PNS tem abrangência nacional. Desta vez, a projeção é que se visite um total de 108 mil domicílios no país.
Os temas trazidos pela pesquisa são diversos, dentre eles: deficiências físicas; acesso e uso de serviços de saúde e de planos de saúde; situação da população acima de 60 anos; estilo de vida; hábitos; alimentação; prática de exercícios; doenças crônicas; fatores de riscos (como hipertensão e diabetes); saúde bucal; e exames pré-natais, inclusive paterno, que é uma novidade nesta edição.
Violências físicas e psicológicas, atividade sexual, entre outros temas importantes também são parte da PNS.
São aplicados três questionários. O questionário domiciliar levanta informações sobre o domicílio, feitas a partir de visitas domiciliares de Equipe de Saúde da Família e Agentes de Endemias.
O segundo questionário é para todos os moradores: neste caso, as perguntas são respondidas por um dos moradores da residência, apesar de trazer perguntas sobre todos que residem no local.
O último é para morador selecionado: em cada domicílio da amostra será selecionado um morador, de 18 anos ou mais, para responder um questionário específico que só poderá ser respondido por ele próprio. Em uma subamostra de aproximadamente 8 mil domicílios, o morador selecionado também terá seu peso e altura medidos.
De acordo com Paiva, normalmente os entrevistadores encontram dificuldades durante a pesquisa. Dentre elas, a principal é quando alguns entrevistados se sentem constrangidos, como em casos quando é feita a pergunta sobre atividade sexual ou violência.
“Não se sentem à vontade, embora nossos entrevistadores sejam treinados. Eles acabam omitindo ou distorcendo alguma informação”, aponta.
Para esses temas, Paiva explica que somente um morador responde, separado dos demais, para ficar mais confortável. Este entrevistado é selecionado aleatoriamente no momento da entrevista.
Contudo, segundo ele, o medo e a insegurança também afetam no resultado da estatística. “Os entrevistados ficam preocupados de darem informações que possam prejudicá-los. É necessário entender que essas informações são sigilosas, isso é garantido por lei. São informações para a estatística. Nada será usado”, destaca.
Os agentes de pesquisa do IBGE são identificados com crachá, que possui três informações: RG, CPF e número de matrícula no IBGE. Paiva conta que com qualquer dessas informações, o entrevistado pode confirmar a identidade dos entrevistadores, por meio do 0800 721 8181 ou acessando site específico do IBGE.
Os agentes também estarão com equipamento eletrônico de coleta de dados da instituição e o carro usado para o transporte deles é adesivado, com identificação do IBGE.
Atestando-se que são entrevistadores oficiais, Paiva pede para que a população os receba bem. “Eles enfrentam, no dia a dia, toda a sorte com as informações, pois depende do humor das pessoas. Eles estão produzindo dados sobre saúde, que é interesse de todos, e essas informações precisam ser de qualidade”, finaliza.
Para mais informações, é possível ligar para a agência de Brusque, no 3351-2688, ou enviar mensagem para o e-mail [email protected].