IFC de Brusque/Divulgação
IFC de Brusque cria protótipo de protetor facial para profissionais da saúde do município
Objetivo é criar unidade para testes de confortabilidade e aguardar verba do Ministério da Educação para produzir até 500 protetores faciais
O campus de Brusque do Instituto Federal Catarinense (IFC) produziu nesta quinta-feira, 16, um protótipo de protetor facial destinado aos profissionais da saúde. Trata-se de uma amostragem, visto que muitos outros protetores serão feitos no combate da Covid-19.
De acordo com o diretor-geral do campus, Eder Aparecido de Carvalho, a produção do protótipo ocorreu a partir de compartilhamento de experiência de outros campi e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo (IFSP) Campus Votuporanga.
Carvalho explica que a ideia surgiu em uma reunião de diretores dos campi do IFC, que também produzem protetores faciais e álcool gel. Em Brusque, a ação contou com a liderança do servidor e professor de física Marcos Correa.
O diretor-geral destaca que, no campus brusquense, também foi confeccionado um suporte especial para as máscaras, o qual fica na nuca da pessoa que o utilizará.
Segundo ele, este suporte serve para diminuir a tensão nas orelhas, pois o uso das máscaras de proteção é prolongado no caso dos agentes de saúde. Além disso, tal suporte melhora a fixação da máscara no rosto.
A produção dos protetores ocorre por meio de uma impressora 3D e, segundo Carvalho, apenas um suporte demora até três horas para ficar pronto. Contudo, a unidade já busca adquirir uma segunda impressora, para que os trabalhos sejam ampliados e resulte em mais rapidez na produção.
Objetivo é buscar recursos para produzir 500 protetores faciais e 350 litros de álcool gel
A produção acontece com foco em recursos que serão disponibilizados pelo Ministério da Educação e Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). O objetivo, quando executado, é colaborar com as instituições da área de saúde de Brusque e região.
“Com esse recurso, temos o objetivo de produzir 500 protetores faciais e em torno de 350 de litros de álcool em gel. Claro que ainda demora um pouco, têm os transmites da chegada de recursos, fazer os orçamentos e temos que seguir o rigor da lei”, complementa.
Portanto, o campus aguarda recursos para conseguir as matérias-primas. Neste momento, Carvalho adianta que a unidade conta com alguns materiais para produzir alguns protetores faciais, que resulta em amostragem de teste.
“Nas próximas semanas, queremos disponibilizar alguns protetores faciais aos hospitais da cidade, embora que sejam poucos, mas que profissionais da saúde possam fazer o uso e nos dar um retorno sobre ela. Queremos que seja um protetor confortável”, continua.
Assim, quando a verba estiver disponível, a campus poderá continuar na produção com tranquilidade dos protetores.
“Neste momento, já faltam alguns insumos no mercado, mas estamos tentando nos articular na melhor forma possível para poder colaborar com a comunidade brusquense e a região”, diz.
Álcool gel
Carvalho também adianta que os servidores da área de química se colocaram à disposição para produzir álcool em gel, porém só poderão colocar a mão na massa a partir do momento da disponibilização dos recursos orçamentários.
Enquanto isso, outros profissionais, liderados por Correa, colocaram-se à disposição para produção dos protetores faciais.
“Ainda estamos em fase de testes e os devidos cuidados estão sendo tomados. Os servidores estão fazendo uso de máscaras e tomando cuidados para evitar contaminação da Covid-19”, completa