IGP de Brusque ganha novos auxiliares criminalísticos
Necessidade antiga do instituto foi atendida em agosto, quando iniciaram os três novos servidores
Necessidade antiga do instituto foi atendida em agosto, quando iniciaram os três novos servidores
Desde o dia 8 de agosto o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Brusque conta com três novos auxiliares criminalísticos: Délcio Luiz Giehl, Jenniffer Camargo e Leandro Quintela Woityna. Os novos servidores atuam na área criminalística, na identificação de vítimas e plantões junto aos peritos criminais.
O perito Álvaro Augusto Mesquita Hamel afirma que a chegada dos servidores foi de extrema importância e urgência, pela falta de efetivo que enfrentavam. “É um incremento no pessoal e que estávamos precisando, principalmente para a parte técnica, pois ficava tudo para os peritos”, diz.
Com a vinda dos auxiliares, Hamel espera que aumente tanto a produtividade no instituto como também a qualidade dos trabalhos realizados, seja nos laudos, atendimentos, confecção das carteiras de identidades e ainda na parte administrativa do núcleo.
Até agosto, o efetivo do IGP era de dois peritos criminais, dois peritos médicos e dois auxiliares de medicina legal. Porém, nos últimos meses, um dos médicos se aposentou e não foi substituído. “Ainda não estamos totalmente felizes com nosso número de pessoal, precisamos de mais peritos, médicos e auxiliares médicos. Para mim, a equipe ideal seria três servidores em cada uma das carreiras”, analisa Hamel.
Giehl conta que não tinha experiência na área, apenas algumas noções, mas afirma que é uma atividade bastante prazerosa, pois com suas ações, consegue interferir positivamente na vida das pessoas. “O trabalho é intenso, pois as atividades periciais do IGP de Brusque contemplam também os municípios de São João Batista, Nova Trento, Guabiruba, Botuverá e Major Gercino”, diz.
Jenniffer lembra que antes de ingressar na área criminal, tinha experiência apenas nas áreas administrativa e pedagógica. “Esse período atuando no IGP está sendo muito enriquecedor e gratificante, até por estar em uma cidade bastante tranquila, o que faz com que consigamos realizar as perícias de forma bem aprazível”, comenta.
Ela ressalta que a função de um auxiliar criminalístico é ampla e vai além da realização de identidades ou recolhimento do corpo de vítimas em ocorrências. “Isso é um fator que as pessoas precisam ter consciência em relação ao nosso trabalho”.
Para Woityna, o trabalho em Brusque é promissor, até por ser um núcleo de perícias composto por profissionais capacitados. Ele ressalta ainda a boa relação entre os órgãos de segurança pública da região, como Polícia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda de Trânsito.
O auxiliar criminalístico explica que atuar na perícia criminal é aceitar uma vida de questionamentos, e buscar sempre apresentar a versão real dos fatos, sem influências externas que possam prejudicar a conclusão mais fidedigna de um caso. “Atuar nessa área é comprometer-se com a verdade”, analisa.
Woityna observa que a região já não pode ser mais considerada tão pacata e segura como anos atrás. Porém, o empenho dos órgãos de segurança em corresponder com celeridade e eficiência às necessidades da população tem aumentado de forma considerável.
Sobrecarga no trabalho médico
Apesar da vinda de novos servidores, houve a saída de um dos médicos, o que sobrecarregou o serviço do único profissional do IGP. Com isso, muitas das ocorrências nos fins de semana precisam ser atendidas pelos médicos de Balneário Camboriú e Itajaí, que dão suporte ao trabalho. “Nos casos de morte, o corpo é transladado até uma das cidades vizinhas, assim como vítimas de agressões também são conduzidas até lá”, explica o perito criminal.
Ele acrescenta que, nesses casos, o IGP de Brusque faz o atendimento da ocorrência, mas leva o corpo para o outro município. No instituto vizinho é feito a necrópsia do material, com a coleta de sangue para encaminhar ao laboratório, para então ser feita a liberação do corpo.
Outra situação que faz com que o IGP de uma das cidades vizinhas atenda a região de Brusque é quando um dos peritos criminais está em férias. Para não sobrecarregar e o servidor ter que ficar o mês todo de plantão, um perito vem para atender a ocorrência, o que gera certo transtorno com o tempo-resposta