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Imigração alemã no Brasil, 200 Anos!

Amanhã, os motoristas brasileiros estarão comemorando o seu dia. Em Brusque, a festa aconteceu no último domingo. Eles merecem a nossa admiração. A exemplo do padroeiro São Cristóvão, que teria carregado Jesus Cristo nas costas, são eles que, dia e noite, transportam a riqueza deste imenso país nas costas dos seus caminhões. Os colonos, que […]

Amanhã, os motoristas brasileiros estarão comemorando o seu dia. Em Brusque, a festa aconteceu no último domingo. Eles merecem a nossa admiração. A exemplo do padroeiro São Cristóvão, que teria carregado Jesus Cristo nas costas, são eles que, dia e noite, transportam a riqueza deste imenso país nas costas dos seus caminhões. Os colonos, que trabalham duro debaixo do sol escaldante ou da chuva de encharcar as costas e que fazem brotar da terra o alimento que nos chega à mesa, também farão a sua festa.

Meus parabéns a toda essa brava gente. Aos profissionais do volante que rodam pelas estradas desse imenso território e aos trabalhadores do campo das enxadas nas mãos e, agora, também operando tratores e máquinas agrícolas.

Amanhã, muitas cidades brasileiras dos Estados do Sul também estarão comemorando o bicentenário da imigração alemã no Brasil. A história nos conta que, no dia 25 de julho de 1824, 39 imigrantes chegaram ao Vale do Rio dos Sinos para fundar a Colônia de São Leopoldo, o Berço da Colonização Alemã no Brasil. Foi o começo de um fluxo imigratório que traria mais de 200 mil colonos para povoar terras do interior de diversas regiões do Sul do nosso país, a exemplo do que ocorreu no Vale do Itajaí.

E tudo estava por fazer — derrubada da floresta, alojamentos e casas, plantações, conflitos com o indígena ocupante histórico desse imenso território. No entanto, perseverança e determinação não faltaram na bagagem de quem atravessou o oceano para construir uma nova vida na terra prometida.

Assim, superadas as dificuldades iniciais, as colônias alemãs foram surgindo na paisagem agrícola brasileira para se consolidar como núcleos urbanos de trabalho e prosperidade do interior dos Estados do Sul de nosso país. Em Santa Catarina, a vida econômico-social e política deixou de se restringir aos limites das poucas cidades litorâneas, para adentrar as florestas e levar o progresso ao interior do Estado.

Inicialmente destinadas à produção agropecuária, as colônias transformaram-se em importantes polos de atividade industrial, que são hoje prósperas cidades da região Sul. Se estamos entre os melhores Estados brasileiros, em termos de qualidade de vida e bem-estar social, muito se deve a essa brava gente e seus descendentes. Não somente aos de origem alemã, mas também italiana, polonesa, japonesa, que um dia ousaram cruzar o Atlântico em busca de uma nova vida em terras brasileiras.

Por tudo isso, amanhã muitas cidades catarinenses estarão comemorando essa importante data da história brasileira. Em Brusque, a data não será esquecida. Afinal, nossa cidade foi fundada em 4 de agosto por 55 colonos alemães conduzidos pelo Barão de Schnéeburg.

O Clube Filatélico de Brusque, o mais antigo de Santa Catarina, um dos mais atuantes do nosso país e que tem na presidência o competente Jorge Paulo Krieger, estará lançando dois selos comemorativos aos 200 Anos da Imigração Alemã no Brasil. O evento, para o qual os brusquenses estão convidados, acontecerá às 10 horas, na Casa de Brusque.