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Imóveis dos ex-trabalhadores da Schlösser seguem sem perspectiva de venda

Até o momento, há especulação, mas proposta viável e concreta não chegou aos sindicatos

Quase cinco anos depois, imóveis da Companhia Industrial Schlösser que seriam vendidos para pagamento aos funcionários continuam em poder dos trabalhadores. Nos últimos meses, nenhuma proposta viável chegou para os ex-funcionários, que esperam para receber verbas rescisórias.

São dois bens: o imóvel em frente à antiga portaria da fábrica, na avenida Getúlio Vargas, é avaliado em R$ 8 milhões. Já o terreno da Associação Atlética da Schlösser tem valor estimado em R$ 7 milhões.

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Os dois imóveis estão em posse de uma sociedade criada pelos sindicatos dos Trabalhadores Têxteis (Sintrafite) e dos Mestres e Contramestres (Sindmestre), que representam os ex-funcionários e só podem agir mediante assembleias deliberativas em que a maioria vence.

O presidente do Sintrafite, Aníbal Boettger, diz que a situação continua na mesma dos últimos anos: sem propostas viáveis oficiais. “Tem muita especulação”, comenta.

Valdírio Vanolli, presidente do Sindmestre, também não recebeu proposta oficial que possa ser levada à assembleia para aprovação ou não. Assim como no Sintrafite, há muitas conversas e consultas informais, mas nada de aparecer um comprador.

Decepção
Boettger esperava que houvesse mais chances de venda dos imóveis com o início do novo governo federal. “Houve uma melhora nos primeiros 60 dias, mas já deu uma baixada na economia”, avalia o sindicalista.

A informação que chega aos sindicatos é de que há investidores interessados. Porém, eles analisam o atual cenário econômico e seguram o dinheiro.

O presidente do Sintrafite não vislumbra uma mudança na postura dos sindicatos, como por exemplo, baixar os preços. Ele afirma que o momento mais delicado, que foi logo depois das demissões em massa, já passou.

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Ele avalia que os ex-funcionários passaram por essa fase difícil financeiramente e agora é hora de esperar uma boa oferta. São de mais de 600 pessoas que esperam receber.

A última oferta que foi levada ao conhecimento dos ex-empregados foi de R$ 7 milhões pelo imóvel da associação, mas em 70 vezes de R$ 100 mil, sem correção monetária. Os ex-funcionários rechaçaram a proposta em assembleia.

O imóvel da Schlösser vendido para Luciano Hang, da Havan, no ano passado, serviu para pagar os credores como bancos, Celesc e fornecedores.