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Impeachment da presidente Dilma é discutido na Câmara de Brusque

Pronunciamentos pró e contra a presidente da República predominaram durante a sessão desta terça-feira

A aprovação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) pela Câmara dos Deputados, no domingo, foi o tema que predominou durante os pronunciamentos da sessão desta terça-feira, 19, da Câmara de Brusque. Assim como no Congresso, houve mais sim do que não ao impeachment.

Entre os vereadores alinhados ao governo federal, muitas críticas ao processo. Marli Leandro, líder do PT, destacou o fato de que o julgamento foi “extremamente político, sem base jurídica nenhuma para impeachment”.

Ela criticou, ainda, a postura dos deputados federais durante a votação.

“É lamentável a gente ter presenciado o nível de representação que nós temos no Congresso nacional. Naquele momento em que deveria se lidar com respeito, extremamente importante para a nação, termos presenciado uma verdadeira baixaria, com incitações ao golpe de 64 e relembrando torturadores”.

Quem também criticou o resultado foi o petista José Isaías Vechi. “O grande capital brasileiro e a grande mídia é que querem que a Dilma saia no Senado”, opinou.

Para José Zanacanaro (PSB), houve crime de responsabilidade por parte da presidente da República, “além de outras cositas más”. ele destacou que seu partido votou quase que na totalidade (90%) pelo impeachment, entendendo que havia fundamento jurídico.

Moacir Giraldi, líder do DEM, afirma que está claro que o julgamento foi político, e não jurídico, mas alega que isso aconteceu por causa do fracasso da política econômica de Dilma Rousseff.

“Se chegou neste julgamento político porque o país está na miséria, com 10 milhoes de desempregados, foi político pelo golpe que foi dado pela presidente lá na campanha”, disse Giraldi.

Ivan Martins (PSD), também favorável ao impeachment, disse que a presidente Dilma usou dinheiro público na campanha eleitoral, e que isso motivou a necessidade de pedaladas fiscais. Para o vereador, “o que a Câmara fez foi pura e simplesmente atender o clamor popular”.

“Ela gastou dinheiro dos cofres públicos, e deixou de pagar os bancos para deixar o dinheiro no caixa e dar uma falsa impressão ao brasileiro de que tinha cumprido as metas fiscais”, disse o parlamentar. “Se isso não é um crime de responsabilidade, se o gestor não tem responsabilidade por isso, quem vai ter”.

O presidente da Câmara, Jean Pirola, destacou a participação de seu partido, o PP, na aprovação do processo de destituição da presidente. A sigla, a nível nacional, continuava próximo ao governo às vésperas da votação do impeachment, mas deixou o barco na última hora, para votar contra Dilma.

Pirola refutou os argumentos de que não há crime de responsabilidade cometido por Dilma. “Fala para o prefeito modificar o orçamento sem consultar a Câmara, primeiro passo que se faz é a cassação do prefeito, por improbidade administrativa e crime fiscal”, disse Pirola.

“E estamos falando de R$ 95 bilhões, foi isso que a presidente Dilma fez, só um dos crimes que ela cometeu”, concluiu.