Implantação de geoprocessamento deve ser concluída até o fim do ano em Brusque

Ferramenta deve auxiliar no desenvolvimento de ações de diversos setores

Implantação de geoprocessamento deve ser concluída até o fim do ano em Brusque

Ferramenta deve auxiliar no desenvolvimento de ações de diversos setores

A implantação do programa de geoprocessamento na Prefeitura de Brusque deve ser concluída até o fim do ano. A expectativa da Secretaria da Fazenda e Gestão Estratégica é lançar em breve uma licitação para contratação de serviço para sobrevoar a cidade e captar imagens atualizadas do município. 

O geoprocessamento é um sistema que agrega informações sobre a cidade. Para o levantamento destes dados, são coletadas ortofotos, ou seja, uma fotografia aérea produzida em escala e com mais precisão, que identifica os objetos com suas verdadeiras posições. 

O setor Geo Brusque, vinculado à Secretaria de Fazenda e Gestão Estratégica, é o responsável pela implantação da ferramenta, com atuação de uma equipe multidisciplinar. 

O trabalho desenvolvido até então é baseado em imagens capturadas em um sobrevoo realizado em 2015. 

A coordenadora do Geo Brusque, Camila da Silva, explica que também foi realizada a espacialização de informações do município, por meio da digitalização dos mapas do cadastro imobiliário.

Por meio destas fotos houve identificação das vias, levantamento das curvas de nível, hidrografia e identificação dos equipamentos urbanos. Um trabalho em campo foi necessário para coleta de informações da fachada dos imóveis. 

Ferramenta de governança

Guilherme Ouriques, diretor-geral da Secretaria da Fazenda e Gestão Estratégica, diz que o geoprocessamento é uma ferramenta de governança.

“Ele passa a trazer certeza nas informações que a gente utiliza na hora de avaliar o espaço urbano de Brusque. Deixamos de trabalhar com mapas em papel, com o cadastro que não tem georreferenciamento, e passamos a trabalhar com um cadastro 100% digital e georreferenciado”. 

Camila explica que o trabalho desenvolvido agora é uma base. A intenção é construir um cadastro territorial com múltiplas finalidades. Com o tempo, cada setor da administração municipal poderá abastecer o sistema com as suas próprias informações. 

Com isso, no futuro, por exemplo, pode existir a possibilidade da Educação analisar os dados para identificar qual região do município precisa de uma unidade escolar. No caso da Saúde, perceber qual bairro necessita de uma unidade de saúde. As informações também podem contribuir para o desenvolvimento de ações relacionadas à mobilidade urbana. 

Benefícios para a comunidade

Esse sistema além de proporcionar informações para auxiliar no desenvolvimento de ações da Prefeitura de Brusque, também trará benefícios para o cidadão. Camila explica que o sistema proporcionará, por exemplo, uma desburocratização no processo da consulta de viabilidade para construção. 

Com o geoprocessamento, o cidadão poderá solicitar a análise de viabilidade diretamente no portal. O mapa mostrará as possibilidades conforme o Plano Diretor da cidade. 

Próximos passos

Quando o trabalho de geoprocessamento iniciou, em 2014, foi por meio do Programa de Modernização da Administração (PMAT). De acordo com Ouriques, existe um saldo de aproximadamente R$ 2 milhões, que será utilizado para finalizar a implantação da ferramenta. 

No início deste ano o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a renovação dessa linha de financiamento, o que permite dar continuidade ao projeto. 

Este valor será utilizado para financiar um novo voo sobre a cidade. De acordo com a coordenadora do Geo Brusque, serão captadas imagens com mais precisão, numa escala de 1:1000, com margem de erro de dez centímetros. 

Ouriques acredita que o ideal é a realização de um novo voo a cada cinco anos, tanto para manter as imagens atualizadas, quanto para ter dados da evolução do município.

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