Imprensa nacional repercute ‘bolo’ que Ronaldinho Gaúcho deu em fãs de Brusque
Imprensa nacional repercute ‘bolo’ que Ronaldinho Gaúcho deu em fãs de Brusque
- Por Raul Sartori
- 20/12/2018
- 5:08
Túnel do tempo
A assinatura do escandaloso contrato, dia 12 de fevereiro de 2006, para recuperação da ponte Hercílio Luz, com mil irregularidades, detectadas posteriormente pelo Tribunal de Contas, motivo para transformação em ação civil pública, mereceu solenidade pomposa, até com banda de música e faixas de encômios ao governador Luiz Henrique da Silveira, que estava preparando seu caminho para a reeleição. O saldo de tanta encenação está aí: durante todo este tempo o contribuinte catarinense foi afanado em pelo menos R$ 233 milhões.
Pelo ralo
O desperdício de dinheiro com as tais Secretarias de Desenvolvimento Regional, depois transformadas em agências, sabe-se agora que envolveu inclusive a construção de sedes próprias para acomodar o cabide de empregos que sempre foram tais instâncias “descentralizadas”. Chegou-se a fazer o projeto das 36, mas só um viabilizado, o de São Joaquim, chefiado, desde seu início, pela ex-miss SC Solange Scortegagna Pagani.
Etiqueta
Todo mundo percebeu a falta de educação de alguns políticos que, pelo gesto, demonstram que não conseguem descer do palanque. Começando pelo governador e seu pessoal do primeiro escalão, nenhum dos três senadores de SC prestigiou a diplomação dos eleitos pelo Tribunal Regional Eleitoral. Poderiam designar um representante, pelo menos.
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Potim
Ronaldinho Gaúcho deixou seus fãs na mão durante passagem por Brusque, diz a revista Istoé. O ex-jogador deveria ter participado de um jantar exclusivo com 60 pessoas em um clube local, mas acabou faltando. Começou o dia perdendo seu voo, o que atrasou sua chegada à cidade. Depois disso, saiu mais cedo do tradicional Jogo das Estrelas para curtir uma festa com amigos em Balneário Camboriú, deixando seus fãs sozinhos no jantar. Alguns, desgostosos, pediram de volta o dinheiro do ingresso.
Segurança
O governador Pinho Moreira anda falando tanto do que fez em segurança pública que no grupo de transição de Carlos Moisés há um certo nervosismo, porque a mesma área é uma das prioridades do novo chefe do Executivo. O discurso atual é que houve melhoras expressivas. Há feitos a comemorar, sim, como a queda de 22,1% dos homicídios neste ano em comparação com 2017.
Se…
Se como futuro corregedor-geral do Tribunal de Contas de SC, o conselheiro Rogério Wan-Dall resolver por “ordem na casa” quanto a salários acima do teto constitucional, que comece por si. Embolsa R$ 44 mil mensais.
Teletrabalho
Já comum no TJ-SC, que adotou a medida de forma pioneira no Brasil, o Conselho de Administração do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou esta semana resolução que regulamenta o teletrabalho (trabalho à distância) na instituição. O fez com a certeza de que reduzirá tempo e custos com deslocamentos e terá produção maior do servidor. Terão prioridade servidores com deficiência ou que possuam filhos com deficiência, além de gestantes e lactantes.
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Constatação cruel
Quem vive o dia a dia de Florianópolis e região e o caos na mobilidade perde o humor sabendo que enquanto o dinheiro para recuperar a Hercílio Luz foi para o bolso de um bando de corruptos e safados, as duas outras pontes estão cheias de problemas. Fala-se, inclusive, que mantida a situação de degradação contínua atual, podem ser interditadas em futuro próximo. Ali seria o inferno.
Terra arrasada
Diariamente, o presidente eleito Jair Bolsonaro diz que quer “acabar” ou reformular isso e aquilo. O alvo dos últimos dias é o Ibama, que o deixou fulo após saber que os índios parecis, em Mato Grosso, acabam de faturar R$ 25 milhões da safra de soja plantada em 10 mil dos 18 milhões de hectares em que vivem. Mas o Ibama aplicou uma multa de R$ 130 milhões aos índios, sem que estes soubessem exatamente o motivo apontado pelos agentes públicos para a penalização.
Desídia
Ainda existe a cultura, em parte justificável, de que no serviço público não se trabalha. Muitos só almejam “um cargo”. Quanto a trabalhar, a coisa fica na base do “vamos ver”. A coluna acompanhou o caso de um servidor público que foi aprovado em concurso público, trabalhou um mês e passou a faltar seguidamente por outros três. Alvo de processo administrativo, foi demitido por desídia. Mas mesmo assim o caso passou por várias instâncias judiciais, que confirmou a justa decisão inicial.