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Imprevistos causam atrasos constantes no PAC Nova Brasília, diz empresa

Construção de túneis deve ser finalizada em até dois meses

Em audiência pública realizada na noite desta segunda-feira, 12, a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andrea Volkmann, e representantes da empresa Freedom Engenharia, esclareceram algumas questões sobre o andamento da obra do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) no bairro Nova Brasília.

A obra é bastante aguardada pelos moradores do bairro, já que se arrasta desde 2011 com muitos problemas, e a região é constantemente afetada por enxurradas.

A audiência pública foi convocada pela Comissão de Serviços Públicos da Câmara de Vereadores e contou com a presença de moradores que aguardavam ansiosos por respostas sobre o andamento da obra.

A diretora do DGI, Andrea Volkmann, lembra que logo no início das obras, a Freedom encontrou o poço de visita que dá acesso aos túneis em situação precária e, por isso, precisou refazer o acesso para só então retomar as escavações, o que já interferiu no cronograma de obras.

“A obra está sendo executada, eles vão abrindo e encontrando as situações e tomando as decisões na hora. A empresa está cumprindo os prazos, apresenta um cronograma semanal do que foi realizado”, diz.

O engenheiro residente da empresa, Nilberto Wan-Dall, destaca que a execução do túnel liner é uma obra bastante complexa e que constantemente encontram-se situações que não estavam previstas, o que acaba gerando atrasos.

O imprevisto mais recente foi uma tubulação de concreto localizada quase que perpendicularmente ao túnel de 1,60 metros da rua Ivandro Bruns. “Não fazíamos ideia de que haveria essa tubulação no local. Nem a prefeitura tinha isso registrado, os moradores acreditam que é anterior à construção da rodovia Antônio Heil”.

Com isso, um novo poço de visita teve que ser aberto para que os trabalhadores pudessem ter acesso ao local com segurança e continuar a obra.

O engenheiro também ressalta o tipo de solo encontrado no local, que não condiz com as sondagens realizadas quando da elaboração do projeto em 2008.

“O material é muito duro e isso é um fator de atraso. Acreditávamos que a maioria seria barro, mas tem muita rocha e isso interfere muito no cronograma”.

O responsável pela empresa, Luciano Thiesen, elencou um outro fator que contribui com a lentidão da obra: os materiais que são utilizados precisam ser fabricados sob medida. “O material não tem para comprar no dia a dia, só é fornecido após o pedido. Para cada túnel, tem um tipo de chapa”.

Prazo para conclusão
Moradores e vereadores presentes na audiência questionaram a empresa sobre o prazo estimado para o término da obra.

Thiesen afirma que diante de todos os imprevistos, as escavações dos dois túneis – o de 1,60 metros que interliga a rodovia Antônio Heil até a rua Ivandro Bruns e o de 2,60 metros que interliga os dois pontos da rua Osvaldo Niebuhr – devem levar mais dois meses. Após isso, ainda precisará ser feita a interligação das galerias. O contrato da empresa com a prefeitura vai até o mês de agosto.

Thiesen explica que enquanto os túneis não ficam prontos, não é possível fazer as galerias e, por isso, caso aconteça uma nova enxurrada neste período, o bairro deve ser atingido.

“Infelizmente, só com o que temos até agora, não é possível evitar os alagamentos. Se acontecer uma enxurrada, a água não terá para onde sair”.

De acordo com ele, no túnel de 1,60 metros, ainda faltam ser escavados 30 metros. Já no de 2,60 metros, ainda precisam ser abertos 28 metros.