Incêndios florestais atingem cerca de 350 mil metros quadrados na região de Brusque
Na última terça-feira, foram utilizados cerca de 60 mil litros de água para combater as chamas
Na última terça-feira, foram utilizados cerca de 60 mil litros de água para combater as chamas
Nesta semana, a região de Brusque sofreu com diversos incêndios florestais. Na terça-feira, 26, o total de 20 bombeiros se revezaram para atender oito ocorrências, sendo que muitas delas de forma simultânea: foram mais de 350 mil metros quadrados (m²) de área florestal em chamas.
Para lidar com os incêndios que atingiram Brusque, Guabiruba e Botuverá, também foram usados cerca de 60 mil litros de água, além de apoio de guarnições distintas de bombeiros e moradores.
Ainda na noite de terça, muitos leitores reclamaram de fumaça e até fuligem em alguns bairros da cidade. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Brusque, tenente Jacson Luiz de Souza, os fortes ventos espalharam a fumaça dos incêndios registrados.
Nesta quinta-feira, 28, incêndios em vegetação ainda ocorrem na cidade, como no bairro Thomaz Coelho, e no Ribeirão Tavares, segundo os bombeiros. Contudo, este último, não oferece riscos para as residências.
Na quarta-feira, 27, ainda foi registrado incêndios no bairro Dom Joaquim, que atingiu uma área de 2 mil metros quadrados.
Comandante pede para que a moradores não faça limpeza de terreno com o uso de queimadas, não joguem xepa de cigarro nas margens das rodovias, além de não fazer acampamentos, com uso de fogueiras.
Confira abaixo todas as ocorrências de incêndio registadas na última terça-feira.
Na localidade de Ribeirão Tavares, do bairro Limeira, as esquipes atenderam um incêndio de grandes proporções em reflorestamento de eucaliptos e vegetação nativa de uma área de aproximadamente 200 mil metros quadrados (m²) de um total aproximado de 600 mil m².
O combate se estendeu por sete horas para o controle parcial do incêndio, sendo utilizado mais de 12 mil litros de água, soprador, batedores e atuavam no local nove bombeiros militares, quatro bombeiros comunitários e alguns moradores.
No bairro Poço Fundo, a guarnição foi até o local para atender incêndio em lixo doméstico que se alastrou para a mata, onde estima-se que a área queimada até o momento que a guarnição chegou ao local foi de 6 mil m².
Como não havia perigo a residências, local de difícil acesso e a guarnição foi deslocada para atendimento de ocorrência prioritária, não foi realizado nenhum método de combate às chamas.
No bairro Santa Luzia, equipes de deslocaram para atender um incêndio em vegetação nativa com vários focos, em ambos os lados da rodovia Gentil Batistti Archer, próximo da Unidade Prisional avançada de Brusque (UPA), onde foram atingidos cerca de 70 mil m² de uma área de aproximadamente 500 mil m².
As guarnições levaram seis horas para realizar o combate, com o uso de 38 mil litros de água através do canhão monitor do caminhão e mangotinho. Estavam no local quatro bombeiros militares e dois bombeiros comunitários.
No bairro Nova Brasília, uma equipe estava em deslocamento, mas foi redirecionada para a rodovia Antônio Heil para atendimento de ocorrência prioritária.
Não há informações sobre o combate deste incêndio, se foi realizado por moradores ou se apagou sozinho.
No bairro Limoeiro, próximo ao km 18 da rodovia Antônio Heil, havia um incêndio em vegetação rasteira, do qual queimou 10 mil m² de um total de 300 hectares.
Foram duas horas e meia para o combate das chamas, sendo gastos 4 mil de água, utilizado abafadores e contou com uma equipe de cinco bombeiros militares e dois bombeiros comunitários.
No bairro Águas Claras, a guarnição atendeu a um chamado de incêndio em vegetação aos fundos de uma residência, do qual queimou uma área de 30 m² de um total de 360 m².
Foram utilizados mangueiras e canhão monitor, sendo gastos mais de 2 mil litros de águas em 20 minutos de combate. Estavam no local dois bombeiros militares e um bombeiro comunitário.
No Lageado Baixo, na rua Vereador Silvério Régis, os bombeiros foram acionados para um incêndio que destruiu uma área de de aproximadamente 13 mil m² de um total, aproximado, de 50 mil m².
Foram duas horas para realizar o combate, utilizados abafadores e 3 mil litros de água. Três bombeiros militares estavam no combate juntamente com populares. Próximo deste incêndio, tinham três residências, sendo duas delas de alvenaria e uma de madeira, além de uma empresa têxtil, que nada sofreram.
No bairro Aimoré, a guarnição atendeu um incêndio que destruiu uma área de aproximadamente 51 mil m² de um total, aproximado, de 200 mil m².
Neste caso, foram três horas e meia para controle do incêndio, com a utilização de abafadores e aceiro. Estavam cinco bombeiros militares, um bombeiro comunitário e três moradores.
De acordo com os bombeiros, o incêndio no Parque Nacional da Serra do Itajaí, que se estende por várias semanas, está sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O ICMBio elevou o incêndio a um problema de nível nacional e sobrevoos são feitos para verificar a área atingida e encontrar possibilidades de combate ao fogo.
Cerca de sete hectares já foram consumidos. Com o conhecimento da trilha, a Associação de Ecoturismo, Preservação e Aventura do Vale do Itajaí (Assepavi) tem participado e ajudado na busca por caminhos alternativos para que os bombeiros possam combater o incêndio diretamente em segurança.
Trata-se de um local íngreme, de difícil acesso e, portanto, os bombeiros têm dificuldade de chegar ao local em segurança. O monitoramento do incêndio continua.