Índice de Potencial de Consumo em Brusque cai 8,5% em 2020
Dado, elaborado pelo estudo IPC Maps 2020, é semelhante ao cenário nacional
Dado, elaborado pelo estudo IPC Maps 2020, é semelhante ao cenário nacional
O Índice de Potencial de Consumo (IPC) urbano e rural de Brusque sofreu uma queda de 8,5% em 2020 em comparação com o ano passado. A informação é com base no estudo IPC Maps 2020, preparado e atualizado anualmente pela empresa IPC Marketing Editora, baseado em dados divulgados pelo IBGE e por outras instituições oficiais.
A pesquisa é finalizada entre os meses de abril e maio de cada ano e refere-se ao ano inteiro. Para os cálculos dos valores de potencial de consumo, a empresa utilizou dados mais recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2018, divulgados em outubro de 2019.
O IPC de Brusque neste ano é de R$ 4,337 bilhões, 8,5% menor do que o do ano passado, quando registrou R$ 4,741 bilhões. O quadro do município é semelhante ao cenário nacional, que estima uma retração de 5,39% no Brasil, já que o consumo do brasileiro ficou comprometido pela pandemia da Covid-19.
O estudo também apresenta dados separados por classes A, B, C e D/E. Todas elas registraram queda no potencial de consumo em 2020.
Os principais gastos, em todas as classes, seguem o mesmo padrão do país e são de consumos básicos como habitação (aluguel, gás, água, energia, etc.), alimentação (no domicílio e fora do domicílio), outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros, etc.) e gastos com veículo próprio.
Os Índice de Potencial de Consumo em gastos com veículo próprio aumentou 109,5% em 2020. No ano passado o potencial era de R$ 317 milhões e este ano subiu para R$ 664 milhões.
A reportagem compilou dados de setores relacionados ao comércio que mostram uma queda de 32% no Índice de Potencial de Consumo (IPC) em 2020.
Para o dado, foram analisados os dados dos setores de mobiliários e artigos do lar, eletroeletrônicos, vestuário confeccionado, calçados, joias, bijuterias e armarinhos, livros e material escolar.
Todas estas áreas registraram queda na classe A. Nas classes B e C, houve queda em todas, exceto em livros e material escolar. O setor registrou um aumento no IPC de 30,7% na classe B e 21,05% na C.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque, Fabricio Zen, diz que este é um fenômeno pontual e técnico. “O que se pode acreditar é que devido à suspensão das aulas a compra de livros e materiais escolares aumentaram pela necessidade de os pais manterem seus filhos em atividades educativas em casa”.
Já na classe D/E, aumentou o índice de consumo em mobiliários e artigos do lar. Zen novamente frisa que o dado é pontual. “Sabemos que o auxílio emergencial contribuiu muito para este grupo, porém não encontramos explicações para o aumento de consumo em mobiliários e artigos do lar”, explica.
O setor do vestuário sofreu uma queda de 26,1% em 2020, o que prejudicou o setor e algumas empresas até encerraram suas atividades. “Entendemos que o consumidor busca definir prioridades em momentos de incertezas, optando por produtos essenciais nestes períodos”, diz o presidente da CDL. Porém, ressalta que estratégias do governo federal tem contribuído para que muitas empresas se mantenham abertas.